sexta-feira, 3 maio, 2024
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1º encontro LGBT+ abre discussão temática na categoria e entra para a história da Federação

Propostas apresentadas direcionam para o caminho da visibilidade, igualdade, inclusão e respeito

Após um dia inteiro de intenso debate sobre direitos, vivências e desafios enfrentados pela população LGBT+, o segundo dia do encontro trouxe propostas apresentadas pelos participantes dos sindicatos.

O comando da mesa diretora ficou por conta das coordenadoras Lucena Pacheco e Denise Márcia. Ainda participaram Fabiano dos Santos, Luciana Carneiro e Jaílson Laje presencialmente e Soraia Marca, Manoel Gerson e Luiz Cláudio Correa no formato virtual.

Inédito, o encontro oportunizou discussões de grande relevância não apenas para a categoria, mas também para a sociedade como um todo. Na avaliação dos participantes, a Federação deu um passo importante na sua história de luta em defesa de uma sociedade mais justa e igualitária.

Importante ressaltar a satisfação de todas e todes ao final deste evento que consideraram um “divisor de àguas” na bandeira de lutas da Fenajufe. As e os participantes retornarão aos seus estados de origem com a certeza de que a pauta LGBTQI+ será ponto garantido nos espaços de discussões permanentes da categoria.

Moção

O encontro aprovou ainda uma moção de defesa às deputadas ameaçadas de cassação.

As parlamentares Célia Xakriabá (PSOL/MG), Erika Kokay (PT/DF), Fernanda Melchionna (PSOL/RS), Juliana Cardoso (PT/SP), Sâmia Bomfim (PSOL/SP) e Talíria Petrone (PSOL/RJ), estão sendo acusadas de quebra de decoro parlamentar em representação do partido do ex-presidente derrotado nas últimas eleições e hoje inelegível, Jair Bolsonaro, (PL).

A alegação contra as parlamentares é de quebra de decoro durante aprovação do projeto do marco temporal de terras indígenas (PL 490/07) ainda no mês de maio. Na verdade, a ação do partido evidencia violência política de gênero e tentativa de silenciar as deputadas.

A moção será construída e divulgada pela diretoria executiva.

Entre as propostas apresentadas, destacamos:

  • Que os Sindicatos que ainda não possuem Núcleo contra Opressões, o criem, no formato que for melhor para a realidade local e que divulgue nas bases o encontro da Federação, estimulando a participação de todos.
  • Reivindicar junto aos tribunais que o tema da luta dos direitos humanos, da luta das mulheres, negros e negras e pessoas LGBTs seja incluído nos processos de formação e capacitação dos órgãos.
  • Propor a criação de núcleos ou conselhos nas unidades do PJU para o acolhimento das pessoas LGBTQIAP+ e o recebimento de denúncias dos casos de LGBTfobia;
  • Propor que os Tribunais adotem uma Política de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade, por meio de seus normativos internos, dispondo sobre ações e projetos que devem ser implementados com o escopo de combater a discriminação de todos aqueles que são vulneráveis, pelas suas condições pessoais, a exemplo da mulher, do negro e dos LGBTQIAP+.
  • Reforçar que, além da imprescindível criação de Núcleos, as entidades sindicais pautem o tema da luta das pessoas LGBTs em eventos gerais da categoria, como Congressos, Plenárias, além de eventos específicos e organizativos das pessoas LGBTs.

24ª Parada do Orgulho LGBTI+ de Brasília

O 1º Encontro LGBT+ da Federação foi pensado para acontecer na mesma data em que acontece a 24ª Parada da Diversidade da Capital Federal. A proposta foi oportunizar as e os participantes, momento de descontração e lazer.

Neste ano, a Parada do Orgulho LGBTI+ de Brasília terá dois fatos inéditos. Pela primeira vez a abertura do evento será feita por um grupo de pessoas indígenas LGBT+. Ainda com o mesmo ineditismo, pessoas LGBTQIA+ refugiadas estarão participando, com apoio da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

A participação desses dois grupos na 24ª Parada do Orgulho LGBT+de Brasília reforçam o objetivo do ato que, para além de reivindicar direitos para a comunidade, buscar visibilidade, inclusão, acolhimento e acabar com a discriminação, é respeitar todas e todes inseridos no segmento.

Vale destacar que o evento conta com quatro trios elétricos, sendo um exclusivo do “Núcleo das Lésbicas de Brasília e Entorno”. Além disso, o evento fará homenagem ao dramaturgo, jornalista e ativista LGBTQIA+ Alexandre Ribondi, morto em 2022 e que foi um dos fundadores do grupo “Beijo Livre” , primeiro coletivo de ativismo gay no Distrito Federal, criado em 1979.

Joana Darc Melo; Fotos Fernanda Miranda

Fonte: Fenajufe

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