Serão oferecidas até 7,8 mil vagas. Provas para carreiras na administração federal serão aplicadas simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões
O governo Lula anunciou na sexta-feira que fará uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores na esfera federal, em uma espécie de “Enem dos concursos”. O modelo, desenhado pelo Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), tem como objetivo facilitar o acesso da população às provas, inclusive em municípios do interior do país.
Chamada de Concurso Nacional Unificado, a proposta foi apresentada aos ministérios pelo secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso Jr..
Veja o que é preciso saber sobre a nova modalidade de concurso
Vagas:
- Cada pasta poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria.
- Se todos aceitarem, a previsão é que 7.826 vagas sejam preenchidas pelo novo formato já em 2024.
— Queremos revolucionar o serviço público, trazer diversidade e pessoas vocacionadas. Também queremos combater os concurseiros profissionais, embora sejam legítimos — disse o secretário.
Provas:
- A primeira prova deve ser realizada em 25 de fevereiro, com o lançamento do edital no fim deste ano.
- O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul.
- A ideia é que os candidatos façam duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos.
- Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra.
Vagas para diferentes setores:
- As vagas estão autorizadas para as seguintes áreas: Administração e Finanças Públicas (580 cargos); Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação (1.015); Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário (1.040); Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (1.194); Saúde, Justiça e Políticas Sociais (1.470); Trabalho e Previdência (940), Dados, Tecnologia e Informação Pública (895); e Nível Intermediário (692).
Inscrição:
- O candidato pagará uma única inscrição e poderá concorrer a várias vagas dentro da mesma área. A seleção para os cargos dependerá da pontuação alcançada nas provas.
- A expectativa é que a inscrição fique em torno de R$ 100, com isenção para candidatos da baixa renda, assim como para beneficiários do Bolsa Família.
Resultados:
- Os resultados devem ser divulgados até o fim de abril, para que os cursos de formação dos aprovados ocorram entre junho e julho do ano que vem.
Custo:
- A previsão é que haja três milhões de candidatos, com custo estimado de R$ 60 milhões a cada milhão de inscritos, o que envolve, além da prova, despesas com logística.
— O objetivo é ampliar o acesso da população às vagas públicas. O perfil do servidor hoje é de cor branca e da classe média, que tem dinheiro para pagar inscrições, cursinho e tem tempo para estudar. Há uma burocracia representativa no setor público — concluiu o secretário.
A ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, tem dito que uma das prioridades do presidente Lula é recompor o quadro de servidores públicos, sob argumento de que a máquina foi sucateada nos últimos governos.
Fonte: O Globo – Matéria completa leia AQUI
*imagem destaque disponível em: Flickr | Crédito: Roque de Sá/Agência Senado