segunda-feira, 3 fevereiro, 2025
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Reajuste dos servidores do Executivo: governo deve encaminhar PL em regime de urgência

Informação foi repassada pelo secretário de Relações de Trabalho do MGI aos representantes de entidades de classe do funcionalismo

Diante do curtíssimo prazo, o Executivo deve encaminhar ao Congresso um PL em regime de urgência para oficializar os acordos salariais com o conjunto do funcionalismo federal. A informação foi repassada pelo secretário de Relações do Trabalho do MGI, Jose Lopez Feijóo, ao secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo.

As entidades de servidores, no entanto, continuam pressionando o governo para que os cerca de 45 acordos sejam levados ao Legislativo na forma de uma medida provisória. Mas o Executivo resiste ao encaminhamento de MP para tratar de reajuste salarial, escolha que poderia provocar ruído com o Congresso e prejudicar a já frágil delicada relação do governo com deputados e senadores.

O principal temor do conjunto das entidades de classe, o que também envolve as carreiras que integram o Fórum Nacional Permanente das Carriras Típicas de Estado (Fonacate), é que a tramitação legislativa se estenda e ameace o pagamento da folha de janeiro de 2025 já com os novos valores, fruto dos acordos salariais. Isso exigiria o pagamento retroativo no mês seguinte, como ocorreu com o reajuste linear de 9% dado em 2023, quando o reajuste de maio caiu na folha de junho.

Nos planos do governo, o PL dos reajustes será votado em conjunto com a Lei Orçamentária Anual (LOA), que deve ser aprovada antes do começo do recesso. Inicialmente, a ideia do governo era encaminhar o PL no último dia 14, porém o atraso das negociações com Tesouro e CGU, além das tratativas com o INSS, impediu o cumprimento do prazo.

Conforme o governo informou ao Congresso no Projeto de Lei Orçamentária de 2025, os reajustes dos servidores civis, efetivos e comissionados, devem ter impacto orçamentário de R$ 16,8 bilhões, além de R$ 3 bilhões reservados para os militares.

Para ministra, debate sobre carreiras de Estado é ‘infrutífero’

Em outra frente, a Condsef informou que deverá se reunir com o Ministério da Gestão, ainda este mês, para tratar da proposta da confederação sobre as diretrizes de reorganização das carreiras federais, após o MGI publicar a portaria 5.127/2024 que disciplinará as novas propostas de reestruturação.

Essa discussão ocorre diante de um cenário de apreensão no funcionalismo a partir da decisão do STF que flexibilizou os regimes de contratação no serviço público. A maior inquietação diz respeito à distinção entre as carreiras chamadas exclusivas de Estado e os demais grupos de servidores, que poderiam ter a estabilidade fragilizada no futuro.

Na avaliação da ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, porém, esse é um debate “infrutífero”. Em painel no Congresso do Centro Latino-Americano de Administração para o Desenvolvimento (Clad), com o tema “Estado e políticas públicas: desafios para um desenvolvimento inclusivo e sustentável”, Dweck renovou a defesa da estabilidade para o conjunto do serviço público.

“A gente tem um debate infrutífero que é definir o que seria atividade típica de Estado. Se olhar a Constituição, atividade típica é muita coisa, é praticamente tudo: garantir saúde, educação, habitação, transporte… Tudo isso é atividade típica de um Estado pretende ser de bem estar social”, afirmou a ministra.

O termo “servidores que atuam em atividades exclusivas de Estado” foi incorporado à Constituição em 1998, embora o Congresso jamais tenha regulamentado as funções em que só o Estado atua. O governo entende que a estabilidade para todos os servidores, e não apenas para carreiras como Receita, Gestão, Diplomacia e PF, permite a profissionalização da burocracia independente da troca de governo; a integridade de processos; e a minimização do risco de perseguição política.

Roberto Maltchik / JOTA

Foto/Crédito: Marcelo Casal Jr/Ag.Brasil (FOTOS PÚBLICAS)

Fonte: https://www.jota.info/executivo/reajuste-dos-servidores-governo-deve-encaminhar-pl-em-regime-de-urgencia

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