O Brasil tem registrado uma preocupante escalada nos índices de acidentes de trabalho. Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por ocasião do Dia Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (27 de julho), revelam que o número de ocorrências vem crescendo de forma contínua desde 2021.
Entre 2021 e 2022, o aumento foi de 12,63%. No ano seguinte, de 2022 para 2023, o crescimento foi de 11,91%. Já entre 2023 e 2024, houve alta de 11,16%. Comparando os primeiros semestres de 2024 e 2025, a elevação foi de 8,98%.
A faixa etária mais afetada é a de jovens com até 34 anos, que representam 33,63% das mortes decorrentes de acidentes de trabalho típicos. O dado chama a atenção por atingir trabalhadores em plena idade produtiva, com repercussões graves nas esferas social, econômica e familiar.
O levantamento também aponta falhas recorrentes na gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) nas empresas. As lesões mais frequentes atingem partes do corpo que poderiam ser protegidas com o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), cuja ausência ou utilização incorreta ainda é comum em muitos ambientes laborais.
Em 2025, a maioria dos trabalhadores acidentados precisou se afastar de suas atividades. Apenas 25,62% conseguiram permanecer em suas funções normalmente. Outros 62,35% ficaram afastados por até 15 dias e 12,03% por mais de 15 dias, evidenciando o impacto direto na saúde dos profissionais e na produtividade das empresas.
Os dados reforçam a necessidade urgente de investimentos em políticas efetivas de prevenção, fiscalização e promoção da saúde no ambiente de trabalho.
Foto/Crédito: Pedro França/Agência Senado
*Com informações do Ministério do Trabalho e Emprego