segunda-feira, 25 agosto, 2025
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Agosto Lilás: Sindjuf-PA/AP reforça apoio à campanha nacional de combate à violência contra a mulher

Durante o mês de agosto, o Sindjuf-PA/AP une forças à campanha nacional Agosto Lilás, uma mobilização que visa conscientizar a sociedade e intensificar o combate à violência contra a mulher. A campanha ocorre em meio a um cenário alarmante de violência de gênero no Brasil, como mostram os dados mais recentes do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (RASEAM), divulgado pelo Ministério das Mulheres.

Entre 2015 e 2024, foram registrados no país 11.650 feminicídios e 29.659 casos de homicídio doloso ou lesão corporal seguida de morte contra mulheres. Os números de 2024 seguem alarmantes: 1.450 feminicídios e 2.485 homicídios dolosos e mortes por agressão já foram contabilizados.

Mulheres negras são as principais vítimas

A violência de gênero no Brasil tem cor. Segundo o RASEAM, 60,4% das mulheres adultas vítimas de violência são pretas ou pardas, enquanto 37,5% são brancas. Os dados evidenciam a sobreposição de vulnerabilidades para mulheres negras, que sofrem com os efeitos combinados de desigualdades raciais, sociais e econômicas.

Além disso, em 76,6% dos casos de violência doméstica, sexual e outras formas de agressão, o agressor é um homem, geralmente alguém próximo da vítima.

Caso recente choca o país

No final de julho, um caso ganhou repercussão nacional: um ex-jogador de basquete agrediu brutalmente a namorada dentro de um elevador, no Rio Grande do Norte, desferindo 60 socos. O ataque foi flagrado por câmeras de segurança, e a vítima sofreu múltiplas fraturas no rosto e no maxilar. O crime é mais um reflexo da violência cotidiana enfrentada por milhares de mulheres no Brasil.

Justiça amplia julgamentos de feminicídio

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2024, a Justiça brasileira julgou 10.991 processos de feminicídio, número recorde desde a criação do Painel de Violência Contra a Mulher, em 2020. O dado demonstra uma maior resposta do Judiciário, mas também reforça o crescimento da violência letal contra mulheres.

Violência de múltiplas formas

A violência contra a mulher vai muito além das agressões físicas. Ela pode se manifestar de forma psicológica, moral, sexual, patrimonial e institucional, inclusive no ambiente de trabalho, por meio de assédio moral e sexual. Reconhecer essas múltiplas dimensões é essencial para enfrentá-la de forma eficaz.

Rede de apoio e denúncia

O Brasil conta com uma rede de atendimento especializada, formada por:

– Centros de Referência de Atendimento à Mulher,

– Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher,

– Casas Abrigo e Casas de Acolhimento Provisório,

– Núcleos da Mulher nas Defensorias Públicas e Promotorias,

– Juizados Especiais de Violência Doméstica e Familiar,

– Serviços de saúde para vítimas de violência sexual e doméstica,

– Canal de denúncia: Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.

O Sindjuf-PA/AP, enquanto entidade representativa e defensora dos direitos sociais, reafirma seu compromisso com a igualdade de gênero e com o combate à violência contra a mulher. A entidade reforça a importância da denúncia, do acolhimento das vítimas e da mobilização conjunta da sociedade na construção de um ambiente seguro e justo para todas.

Denuncie. Violência contra a mulher é crime. Ligue 180.

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