Nesta quarta-feira (6), servidores e servidoras do Poder Judiciário da União (PJU) realizaram uma série de mobilizações em todo o país em defesa da recomposição salarial, da valorização profissional e da reestruturação da carreira. As atividades, que incluíram um ato em frente ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e um “esquenta virtual” nacional, evidenciam a força da categoria na luta por direitos e condições dignas de trabalho.
A principal reivindicação é o reajuste de 15,94% nos salários, proposta consensuada no Fórum Permanente de Gestão da Carreira do CNJ. A medida prevê um acréscimo de 5% no vencimento básico e a majoração da Gratificação Judiciária (GAJ) para 165%, com vigência a partir de 2026.
Outro ponto central da pauta é a inclusão de recursos na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, tanto para viabilizar o reajuste quanto para garantir a implementação do Adicional de Qualificação (AQ), já aprovado. A categoria também exige a definição do índice de reajuste para o próximo ano, considerando o avanço da inflação e a defasagem acumulada nos últimos períodos.
O prazo para envio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) ao Congresso Nacional termina em 31 de agosto, e a pressão cresce sobre os órgãos do Judiciário para que cumpram os compromissos assumidos com os servidores.
Mobilização em duas frentes
Dois grandes momentos marcaram a mobilização nacional desta quarta: o Esquenta Virtual pela Recomposição Salarial, promovido pelo Sisejufe (RJ), com participação de 15 sindicatos da base da Fenajufe — entre eles o Sindjuf-PA/AP — e o ato público em frente ao CNJ, convocado pela Federação. Ambas as iniciativas reuniram servidores de todo o país em torno de um mesmo objetivo: garantir a valorização da categoria.
As transmissões das atividades estão disponíveis nos canais das entidades organizadoras. A participação massiva e unificada reforça a importância da mobilização coletiva nesse momento decisivo para o futuro dos servidores do Judiciário Federal.