Um dos maiores ataques aos serviços públicos já visto na história do Brasil está em curso no Congresso Nacional. A Reforma Administrativa foi apresentada oficialmente no dia 2 de outubro pelo deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), coordenador do Grupo de Trabalho que debateu em apenas 45 dias, sem nenhum diálogo com os servidores, mudanças estruturais no Estado brasileiro. Ao mesmo tempo, o Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), já deixou claro que a Reforma Administrativa é prioridade na sua presidência.
Até o momento, a proposta ainda não atingiu as 171 assinaturas necessárias para ser protocolada na Câmara dos Deputados. Mas, de acordo com o deputado Pedro Paulo, que deve ser indicado por Motta como relator da Reforma, a matéria deve ser pautada nas próximas semanas. Devemos estar atentos nos próximos dias, uma vez que este Congresso é amplamente reconhecido pelas manobras e desrespeito ao regimento da casa.
Diante do tamanho do ataque, as entidades representativas dos servidores públicos e movimentos sociais organizam uma resposta à altura. No dia 29 de outubro, ocorrerá em Brasília uma Marcha Nacional em defesa dos serviços públicos e contra a Reforma Administrativa. A Marcha reunirá servidores das três esferas do setor público (federais, estaduais e municipais) a partir das 9h no Museu Nacional, em Brasília/DF.
É preciso voltar às ruas para derrubar a Reforma Administrativa. Assim como a PEC da Bandidagem, esta Reforma é mais uma medida antipovo do Congresso Nacional conservador. A Reforma Administrativa enfraquece os serviços públicos, tão necessários para o combate às desigualdades sociais no nosso país, e precariza o trabalho dos servidores públicos.
Com informações da Fonasefe





