Ao defender a reforma administrativa o jornal se coloca contra o povo e a favor de quem lucra com o enfraquecimento do Estado.
A Federação Nacional das Trabalhadoras e Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União – Fenajufe – vem a público repudiar mais uma vez, publicação do jornal “O Globo”, que ao defender a reforma administrativa, ataca servidoras e servidores.
Usando a mesma retórica propalada em outras edições, de que a prioridade do Congresso Nacional deve ser “reformar o Estado” para que o gasto seja mais eficiente e a remuneração “mais justa”, a publicação reforça a defesa pelos setores privados e de interesses excludentes da maioria da sociedade.
Essa narrativa construída pelo jornal, no entanto, é equivocada, parcial e perigosa. Ao apoiar uma reforma que desmonta serviços essenciais, precariza carreiras e abre as portas para aparelhamento político, “O Globo” se coloca contra o povo e a favor de quem lucra com o enfraquecimento do Estado.
Em outro ponto, sem conhecer a realidade daqueles que exercem o dever de levar justiça aos que mais precisam e banalizando a democracia, o periódico afirma que “reajuste para o Judiciário, em particular, é especialmente injusto” e aposta que para “impor um mínimo de ordem às carreiras dos servidores”, o Congresso precisa aprovar a reforma administrativa.
A defesa cega dessa reforma significa entrega do Estado ao clientelismo e precarização de quem atende diariamente a população. Ao se posicionar favorável, o jornal escancara a negligência com a parcela da população que depende dos serviços públicos ao mesmo tempo que se coloca como porta-voz de interesses privados.
Nesse sentido, a Federação repudia a tentativa de estigmatização do funcionalismo e demais ataques travestidos de jornalismo, usados para transformar quem serve ao país em inimigo público. Serviço público não se vende. Não podemos deixar que transformem direitos em mercadoria.
Reforma Administrativa, NÃO!





