Após dez anos, atividade reuniu mais de 500 mil mulheres por reparação e bem viver
A Fenajufe esteve presente na II Marcha Nacional de Mulheres Negras, ocorrida em Brasília nesta terça-feira (25). A data é marcada pelo Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher e as negras lideram esse vergonhoso ranking em qualquer parte do mundo.
Participaram as coordenadoras Sandra Dias, Luciana Carneiro, Maria José Olegário (Zecateca), Arlene Barcellos e Eliana Leocádia. Da base, representantes dos sindicatos, Sisejufe/RJ, Sintrajufe/RS, Sitraemg/MG, Sintrajufe/PI, Sintrajur/RN, Sintrajud/SP.
A Marcha Nacional das Mulheres Negras é uma mobilização política, social e cultural organizada por mulheres negras de todo o Brasil e teve a primeira edição em 2015. O principal objetivo é fazer um chamamento urgente para as questões que mais afetam o dia a dia destas mulheres como o racismo, violência de gênero, o sexismo, desigualdades socioeconômicas e demais opressões que atravessam o universo dessas mulheres além de reivindicar direitos, igualdade e justiça social.
Neste ano, o lema que norteou a mobilização nacional foi “Por Reparação e Bem Viver” inspirado em tradições afro e indígenas, e significa “pensar um país” onde mulheres negras possam viver com dignidade, liberdade, saúde, segurança, justiça social e não apenas sobreviver. De acordo com a polícia militar do Distrito Federal (PMDF), a II Marcha reuniu 500 mil mulheres em Brasília levando uma infinidade de cores vibrantes, gingado, cultura e ancestralidade para a Esplanada dos Ministérios.
No último final de semana (22 e 23), a Federação realizou o III Encontro do Coletivo Nacional de Negras e Negros, quando reafirmou o compromisso e o fortalecimento com a pauta antirracista dentro e fora da categoria.
A coordenadora Luciana carneiro falou em nome do Coletivo:
Organizada pelo Comitê Nacional da Marcha das Mulheres Negras, esta já é considerada a maior mobilização da luta racial do país. A II Marcha Nacional de Mulheres Negras reuniu pautas das mulheres quilombolas, ribeirinhas, mulheres do campo, urbanas, trabalhadoras, periféricas dentre tantos outros recortes.
Que a luta dessas mulheres por igualdade, dignidade, moradia, emprego, segurança, vida livre de todas as formas de violência e principalmente, por políticas de reparação para toda a população negra, não seja só mais um movimento de rua e sim, um registro de denúncia que precisa ser atendido pelos governos urgentemente.





