terça-feira, 2 setembro, 2025
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A luta continua: reestruturação da carreira é nosso foco

A proposta de reajuste para os servidores do Judiciário Federal, apresentada pelo STF e aprovada por unanimidade em 28 de agosto de 2025, sob relatoria do presidente da Corte, ministro Luiz Roberto Barroso, prevê três parcelas cumulativas de 8%, a serem aplicadas em 2026, 2027 e 2028. Em nossos cálculos o percentual atingido é de 25,97%.

É importante destacar, no entanto, que esse reajuste não substitui nem invalida a nossa principal pauta: a reestruturação da carreira. Esse sempre foi – e continua sendo – o foco central da nossa luta. Afinal, não se trata de recomposição ou reposição salarial, que só poderá ser garantida de fato com a implementação do plano de carreira.

O pessimismo não pode nos imobilizar, muito menos servir de pretexto para dividir ou enfraquecer os sindicatos. A proposta atual, fruto de acordo entre os poderes, não representa o ponto final. Para aqueles que criticam o caráter linear do reajuste, é fundamental reforçar: este é apenas um passo, não a etapa derradeira.

O Sindjuf-PA/AP, junto com a Fenajufe e os sindicatos de base, permanece atuante no Fórum de Carreira, buscando reduzir a desigualdade salarial entre técnicos e analistas e avançar na promoção da equidade dentro da categoria. E o que dizer, então dos auxiliares judiciários? Recentemente, no dia 30 de agosto, a Fenajufe promoveu o encontro nacional de servidores auxiliares judiciários do PJU, em formato virtual. A principal pauta foi debatida: o reenquadramento desse segmento, o que é uma questão de justiça.

O próprio presidente do STF já declarou seu compromisso com a reestruturação. Mas para que ela se concretize, é indispensável a união e a pressão de toda a categoria. Divisões internas ou interesses individuais não trarão resultados. Só a mobilização coletiva abrirá caminho para conquistas reais.

O reajuste de 25,97% é um direito garantido à categoria, mesmo sem atender plenamente às nossas necessidades. Ignorar essa conquista ou defender reajuste zero seria um erro: esses recursos retornam diretamente aos servidores, não aos privilégios do topo.

Nossa luta continua firme por:

  •  Redução das diferenças salariais entre cargos;
  •  Equiparação com carreiras de ciclos de gestão, como Receita Federal, TCU e Senado;
  •  Criação do auxílio nutrição para aposentados;
  •  Aprovação do Adicional de Qualificação (AQ), em tramitação no Congresso (PL 3084/2025).

Este é o caminho definido pela categoria nas plenárias de Belém e Natal, referendada pelo último Congrejufe em Foz de Iguaçu: unidade, mobilização e determinação. A reestruturação da carreira é uma meta coletiva – e só será alcançada se permanecermos juntos.

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