quarta-feira, 28 maio, 2025
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Adicional de Qualificação: propostas do STF e do CNJ ampliam valorização das servidoras e servidores do Judiciário

O Sisejufe elaborou um comparativo completo entre o modelo atual de Adicional de Qualificação (AQ) e as propostas em debate no Fórum de Carreira do CNJ e no Supremo Tribunal Federal (STF), com base na tabela de remuneração de fevereiro de 2025. A análise mostra que ambas as propostas representam um avanço real na valorização das servidoras e servidores do Poder Judiciário da União.

Atualmente, o AQ é concedido por pós-graduação (lato e stricto sensu) e ações de treinamento, com percentuais fixos aplicados ao vencimento básico. As propostas do CNJ e do STF atualizam esse modelo, permitindo acúmulos mais amplos, valores superiores e a inclusão de certificações profissionais e graduação adicional como forma de reconhecimento da formação.

► Confira o comparativo geral por qualificação:

Bases utilizadas:

* Vencimento básico do C13 de analista = R$ 9.292,14
* Valor de referência (VR – STF) = R$ 714,40 (6,5% da CJ-1)
 

Destaques por componente

 
•Especialização:
 
Atual – 1 curso → 7,5% = R$ 696,91
 
CNJ – até 3 cursos → R$ 929,21 cada → até R$ 2.787,64
 
STF – até 2 cursos → R$ 714,40 cada → até R$ 1.428,80
 
 
•Certificação:
 
Atual – não prevista
 
CNJ – até 3 certificações → R$ 185,84 cada → até R$ 557,53
 
STF – até 2 certificações → R$ 357,20 cada → até R$ 714,40
 
 
•Capacitação (AQT):
 
Atual – até 3% → R$ 278,76 (1% = R$ 92,92)
 
CNJ – até 3 conjuntos de 120h → R$ 185,84 cada → até R$ 557,53
 
STF – até 3 conjuntos de 120h → R$ 142,88 cada → até R$ 428,64
 

Vitória da categoria

Ambas as propostas representam avanços concretos em relação ao modelo atual. O CNJ oferece maior margem de acúmulo e reconhecimento em percentuais sobre a base. O STF promove maior previsibilidade e isonomia por meio de valores fixos em reais.
 
As duas garantem o pagamento do AQ a aposentadas e aposentados com paridade, desde que as qualificações tenham sido registradas na ativa — uma importante vitória para a justiça intergeracional.

Comparativo entre propostas do STF, CNJ, Plenária de Belém e modelo atual

O Sisejufe fez, ainda, uma comparação mais aprofundada, com estudo detalhado sobre os diferentes modelos de Adicional de Qualificação (AQ), comparando os valores pagos atualmente com as propostas em debate no STF, no CNJ e com a proposta que foi aprovada na Plenária Nacional de Belém da Fenajufe. A análise toma como base a tabela de remuneração de fevereiro de 2025.
 
Atualmente, o AQ prevê percentuais sobre o vencimento básico apenas para especialização (7,5%), mestrado (10%), doutorado (12,5%) e ações de capacitação de até 3%, limitadas a 360 horas. As propostas discutidas nos diferentes fóruns ampliam as possibilidades de valorização, incorporando graduação adicional, certificações profissionais, ações de capacitação mais extensas e a possibilidade de acumulação de percentuais.

Veja o comparativo por tipo de formação:

 

Bases:

•Vencimento básico do C13: R$ 9.292,14
•Valor de Referência (VR) – STF: R$ 714,40 (6,5% da CJ-1)
 

Modelo ideal

As propostas do CNJ e da Plenária de Belém trazem avanços importantes ao permitir acúmulo de percentuais com limites mais elevados, inspirados em modelos como o do Senado Federal. Já o modelo do STF garante valores fixos em reais, com previsibilidade e isonomia entre os cargos.
 
Todas as propostas garantem que aposentadas e aposentados com paridade mantenham o direito ao AQ, desde que a formação tenha sido registrada na ativa — o que representa uma importante conquista para a categoria.
 
O Sisejufe reafirma sua defesa por um modelo que valorize o saber acumulado, reconheça a qualificação profissional e assegure isonomia e justiça intergeracional entre servidores da ativa e aposentados, além de dignidade para toda a categoria.
 
Foto/Crédito: Leandro-Ciuffo
 
Foto/Crédito: CNJ
 
Fonte: Sisejufe/RJ

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