quinta-feira, 7 novembro, 2024
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Ameaças e Transformações na Carreira: Especialistas analisam desafios para servidores públicos do PJU

A  carreira dos servidores públicos do Judiciário Federal foi analisada na manhã dessa sexta-feira (24) durante painel do 7º CONJUF que debateu as transformações e ameaças ocorridas nos últimos anos.

Chat GPT: fim da carreira dos servidores do PJU?

Sabe-se que a automação e tecnologia é um dos desafio para a carreira, mas o diretor do Sintrajufe/RS, Marcelo Carlini, mostrou o que já é uma ameaça para a extinção da carreira.

O sindicalista fez uma demonstração do uso do Chat GPT, uma Inteligência artificial capaz de gerar texto coeso e coerente. A ferramenta pode, inclusive, entender e gerar textos em diversos idiomas e áreas de conhecimento.

Para Carlini o crescimento do uso de ferramentas como essas irão impactar no trabalho dos servidores. O sindicalista aposta que o robô, em breve, será usado para desenvolver despachos. “Tem um impacto profundo na nossa carreira, no nosso trabalho. A justificativa será a aplicação da neutralidade e celeridade nos processos.”, diz Carlini sobre o uso da ferramenta.

Desjudicialização da Execução

O Oficial de Justiça, Neemias Freire falou do PL 6204/2019 de iniciativa da Senadora Soraya Thronicke (PSL/MS), que prevê a desjudicialização da execução. Para o oficial, o Projeto é uma forma de privatizar o Poder Judiciário. “Os cartórios tem um lobby poderoso para fazer com que a execução seja transferidas aos cartórios. Na prática, esse projeto significa mais recurso e mais dinheiro para os cartórios.  A justificativa é acabar com a burocracia.”

Agentes de Polícia Judicial resistem às ameaças na carreira

O diretor do Sisejufe/RJ, Valter Alves, Agente de Polícia Judicial (TRF/2ª), falou da resistência do segmento. “Talvez a gente seja um dos únicos segmentos que resistiram ao longo desses últimos anos. Vários cargos foram extintos, mas nós resistimos. Isso é um processo que vem sendo construindo ao longo das últimas décadas. A maioria das especialidades se foram, sem nem mesmo percebermos, os tribunais fazem isso de forma autônoma.”

Trabalhos do Fórum de Carreira do CNJ

O coordenador da Fenajufe, Roberto Policarpo, falou dos trabalhos desenvolvidos no Fórum Permanente de Gestão da Carreira dos Servidores do PJU no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O Fórum aprovou a criação de um grupo de trabalho (GT) dedicado aos debates da reestruturação da carreira. Eles serão divididos em: Descrição de Cargos; Desenvolvimento, Qualificação e Qualidade de vida no Trabalho (QVT); e Reestruturação da Malha Salarial e política de recomposição.

Esse Fórum a gente tem expectativa que ele sirva na interlocução das nossas demandas. Ele já tem ajudado na interlocução com os demais tribunais. Estou muito otimista com a nossa possibilidade de reestruturação da carreira, porque nos outros anos a gente discutia muito a parte salarial. A parte remuneratória a gente continua precisando dela, nós vamos atrás, mas agora a nossa meta é buscar a equiparação com as demais carreiras semelhantes a nossa.”, informou Policarpo.

Ao final das apresentações, o Sindicato distribuiu entre os congressistas, broches da sua campanha contra o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho.

O conteúdo do Painel “A Carreira dos Servidores do Judiciário em Debate: Transformações e Ameaças em pauta” pode ser revisto através do canal do Sindicato no YouTube.

1 COMENTÁRIO

  1. Um congresso deve servir para esclarecer, identificar as causas e prescrever o remédio contudo, o que se observa é pessoas diplomadas ofuscando o raciocínio em prol de um grupo, de uma articulação política que visa manter a real causa do retrocesso sindical no obscurantismo político sindical. A partir do momento em que o sindicato passa a depender do político partidário, do partido político, e se deixa vigiar pelo braço maior d’aquele partido, no caso a CUT, não tem como libertar e esclarecer politicamente a categoria. Os líderes sindicais politizados sob essa condição mental não tem como mostrar ao associado a diferença entre política sindical e política partidária, pois àqueles líderes sindicais comprometidos com as lideranças partidárias, sutilmente mantém toda a categoria na ignorância política sindical e política partidária, o que os torna dependentes indefesos que por falta de esclarecimento político, aceitam como a melhor opção a de pendência da política judicializada e partidaria, pois ao contrário do que afirma o palestrante, os movimentos sociais estão todos unidos em torno de um partido e sob a vigilância do seu braço forte, a CUT. Esse quadro tem permitido manter no curral da política partidaria todos os sindicatos em especial os que tem a obrigação de serem os mais esclarecidos, os sindicatos e federações de servidores públicos em especial da justiça eleitoral. Por outro lado o que tem dificultado a filiação sindical constante do associado tem sido a falta de consciência política sindical demonstrada pelas lideranças que reprime os associados de exercerem seus direitos democrático quando por acaso descobrem que parte de sua contribuição sindical mensal, subsidia os cofres da CUT, que por rota política subsidia os cofres do partido que usa os sindicatos como massa de manobra na busca de seus objetivos políticos, que nem sempre são pactuados por associados sindicais que não simpatizam com os hábitos e comportamentos morais e políticos d’aquele partido em questão, no caso o PT. Daí, face ao fato de naturalmente o ser humano viver de conveniência, é natural que as filiações aumentem no período de campanha salarial e diminuam logo após passar essa fase. Portanto Srs, está na hora de se buscar a independência política sindical por se desvencilhar da política partidaria. Os sindicatos, em especial da justiça ELEITORAL tem todas as condições de sobreviver e se fazer respeitar pela política partidaria. Não queremos nos tornar inimigos da política partidaria, afinal vivemos numa “DEMOCRACIA”, mas como trabalhadores, contribuintes, e cidadãos, temos os mesmos direitos. É inadmissível que políticos e autoridades jurídicas envolvidas pela política partidaria, deliberem sobre seus próprios direitos e deveres sem a interferência e participação da sociedade civil. Já está passando da hora de se fundar a federação nacional de sindicatos do Brasil – FENASINB, com direito a voz e voto no congresso nacional sobre toda e qualquer matéria que envolva as contribuições do povo, o verdadeiro patrão dos políticos partidários e dos servidores públicos em geral.

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