Uma crise iminente na carreira de Agentes de Polícia do Poder Judiciário foi o principal ponto de discussão durante o 3º Congresso Nacional da Polícia Judicial, que aconteceu em Vitória, na primeira quinzena de setembro, reunindo mais de 250 agentes de polícia judicial de todo o país. Pelo Sindjuf-PA/AP participou o servidor Marcos Araújo, Agente de Polícia Judicial do TRT/8ª e Coordenador Regional do Sindjuf no Amapá.

Ele relatou que o processo de desmonte da carreira de APJs foi o tema central em discussão no Congresso. De acordo com o palestrante Igor Mariano, que falou sobre o processo de desmonte da carreira de APJ, hoje todo o poder Judiciário conta com cerca de 7.000 APJs, doso quais somente 30% ganham o abono permanência, e que ainda assim o abono corre o risco de ser extinto.

“O corte de verbas, a não nomeação de novos APJs, o quadro reduzido com abono permanência e a ameaça de corte do abono são sinais ostensivos do desmonte que a carreira enfrenta”, disse Marcos Araújo. “Só com a união da categoria conseguiremos manter avanços e direitos já conquistados”.

Ao final do congresso, o grupo aprovou a Carta de Vitória, cujo primeiro ponto manifesta “apoio integral aos projetos de Resolução enviados pelo Departamento Nacional de Polícia Judicial e pelo Comitê Gestor do Sistema Nacional de Segurança do poder Judiciário e à Doutrina Técnico-operacional da polícia judicial, atualmente em tramitação para apreciação pelo Plenário do CNJ”. A carta também defende a união dos servidores na luta pela aprovação de propostas favoráveis à categoria, “atendendo às convocações e mobilizações que se fizerem necessárias e buscando o apoio das conselheiras e dos conselheiros do CNJ. A luta agora é no CNJ, e o sucesso depende de empenho de cada um”, finaliza a Carta de Vitória.

Foto/Crédito: Agepoljus