quinta-feira, 7 novembro, 2024
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Educação: sindicatos veêm avanço em proposta do governo, mas não cogitam encerrar greve nas federais nesta semana

Oferta da União prevê reajuste médio de 29,6% em quatro anos, além de progressões salariais a partir de 2026

Em uma tentativa de resolver o impasse com os servidores técnicos administrativos da educação (TAEs), o governo federal apresentou uma nova proposta, na tarde desta terça-feira (dia 12). O projeto prevê um reajuste médio de 29,6% em quatro anos, além de progressões salariais a partir de 2026. Contudo, embora as categorias analisem a oferta como um avanço nas negociações, ainda não é o esperado pelas entidades, que pedem reajuste ainda em 2024. Por isso, não há encaminhamentos para o fim das greves nas federais nesta semana. Ainda falta deliberar com os professores e técnicos, por meio de assembleias, para traçar os rumos da mobilização, que já dura mais de dois meses. A greve, que começou em março para os técnicos e em abril para os professores, afeta cerca de 560 unidades de ensino em 26 unidades federativas.

De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a nova proposta inclui um reajuste de 9% dado a todos os servidores federais no ano passado e uma progressão de 4% a partir de 2026. O reajuste final variará entre 25% e 44%, dependendo da classe e do nível na carreira.

“Além disso, vale lembrar que, a exemplo de todos os servidores públicos federais, os TAEs receberam reajuste de 118% no auxílio-alimentação, que chegou a R$ 1 mil, e de 51% no auxílio-saúde e auxílio-creche”, informou o MGI em nota.

Recepção

Apesar do avanço, a reação dos sindicatos foi mista.

Gustavo Serefian criticou a postura do governo durante as negociações:

– Os anúncios no dia de hoje foram resultado da greve, que deslocou o governo de sua posição contrária a investimentos na educação federal. Os valores estão aquém de nossos pleitos, mas expressam um avanço, uma vitória. A posição de Lula e Camilo Santana na reunião, porém, só confirma publicamente a postura desrespeitosa e antidemocrática como o governo vem se portando com a greve e os grevistas – afirmou.

Leewertton de Souza Marreiro, da Comissão Nacional de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), comentou sobre a importância da decisão final vir da base dos servidores:

– Houve uma mudança na proposta e conquistas na reunião de hoje. Mas a base é quem vai decidir pela continuidade ou não da greve. Quem decide é a base – disse.

Avanços

O secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão, José Lopez Feijóo, destacou a evolução na oferta do governo:

– Do ponto de vista financeiro, a proposta fez um reajuste dos padrões, ou seja, dos chamados steps, que é a evolução na carreira, do início ao final, de 3,9% para 4% em 2025, e de 4% em 2025 para 4,1% em 2026. Se nós agregarmos a isso os 9% [de reajuste] de 2023, nós estamos falando de reajustes que chegam a um pouco mais de 46%, portanto, uma boa proposta. Além disso, atendemos demandas como uma aceleração na progressão da carreira que levava 22 anos e meio para chegar ao topo, reduzindo para 18 anos com uma proposta de padrões verticais, e que agora, com esta aceleração, pode chegar do início ao topo em 15 anos – explicou.

 
Por Gustavo Silva / Extra
 
Foto/Crédito: Reprodução / Divulgação / Extra
 
Fonte: https://extra.globo.com/economia/servidor-publico/coluna/2024/06/educacao-sindicatos-veem-avanco-em-proposta-do-governo-mas-nao-cogitam-encerrar-greve-nas-federais-nesta-semana.ghtml

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