Projeto piloto terá início a partir de outubro, em pontos estratégicos de acesso ao comércio de São Luís
“Expresso do Trabalhador”, que oferece ônibus com tarifa zero para os trabalhadores e as trabalhadoras de São Luís, é o nome do projeto piloto do governo do Maranhão, com previsão de início no mês de outubro.
O projeto vai atender inicialmente moradores da Vila Luisão, via Nova Litorânea, região periférica da capital maranhense que dá acesso ao Centro, além dos comerciários que encerram o expediente após as 21h.
A medida foi anunciada na última terça-feira (20), pelo governador Flávio Dino (PSB), nas redes sociais.
A tarifa de ônibus em São Luís hoje é de R$ 3,70, valendo para as linhas que circulam nos terminais de integração e de R$ 3,20 para as linhas não integradas, valores que podem somar mais de R$ 155 ao mês no orçamento dos trabalhadores, considerando apenas uma ida e uma volta ao trabalho nos dias úteis.
Para suprir esses valores, o Governo do Estado explica que vai destinar recursos próprios para a compra de ônibus adicionais, específicos ao projeto, além de aplicação de outros investimentos, como conta o presidente da Agência Estadual de Transporte e Mobilidade Urbana (MOB), Daniel Carvalho.
“O Maranhão está destinando recursos próprios para realizar a implementação do programa, recursos do tesouro. Serão aplicados tanto diretamente na compra dos ônibus que já foram devidamente licitados, quanto no pagamento da contratação de motoristas, combustíveis, manutenção e garagem desses ônibus”, explica.
Carvalho explica que as vias escolhidas para o projeto piloto são estratégicas, pois integram diversos outros bairros periféricos, além de municípios próximos de maneira expressa.
“O Expresso irá inicialmente funcionar do bairro denominado Vila Luisão, que é um dos bairros periféricos, já próximo a outros municípios, integrando de forma expressa e possibilitando a vários trabalhadores que trabalham na região central, uma melhoria e redução no tempo de deslocamento, fora que será de forma gratuita, não onerosa”.
José Raimundo Trindade, coordenador da União Por Moradia Popular (UNMP-MA), explica que nesse momento de intensos retrocessos, aumentos da cesta básica e congelamento de salários, pensar estratégias de redução dos custos mensais do trabalhador é pensar na vida.
“O aumento da desigualdade social, do desemprego, da cesta básica, do gênero alimentício como a carne, o arroz, aquele alimento básico que a gente precisa, vêm dificultando muito a vida da nossa população… Então essas tomadas de decisão do estado, de ajudar em um momento tão difícil contribui para melhorar a qualidade de vida da população”.
“A questão hoje do vale gás, que o governo do estado tem oferecido a algumas pessoas, a contribuição lá na cesta básica, isso dá um ânimo para pessoas que estão vivendo em situação difícil, em situação de fome. A gente fica angustiado, desesperado, porque muitas vezes a gente não consegue, enquanto sociedade civil, dar um retorno imediato para algumas famílias que estão passando fome”, destaca Trindade.
Com um orçamento de cerca de R$ 180 milhões, o projeto Comida na Mesa é destinado ao combate à fome e garante a venda de refeição a preço acessível, por meio dos Restaurantes Populares, assim como a aquisição de alimentos da agricultura familiar e a doação desses alimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social, por meio de cestas básicas.
Escrito por: Mariana Castro, do Brasil de Fato