Levantamento divulgado nesta segunda-feira, 5, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), demonstra a degradação da qualidade de vida dos trabalhadores e das trabalhadoras no Brasil. O crescimento do endividamento e da inadimplência bate recordes e deixa a população em graves dificuldades financeiras.
No dia 28 de agosto, durante o debate dos candidatos à Presidência, Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, disse que “a economia está bombando”. O que está bombando, porém, são as dívidas das famílias brasileiras: o endividamento já atinge 79% do total de lares no país. A alta de devedores foi de 1 ponto percentual em agosto ante julho, enquanto, em um ano, o avanço foi de 6,1 pontos.
O número de pessoas que atrasaram o pagamento de contas de consumo ou de dívidas também cresceu em agosto, alcançando 29,6% do total de famílias no país, maior percentual da série histórica iniciada em 2010. A alta foi de 0,6 ponto percentual no mês e 4 pontos em um ano. Do total de inadimplentes, 10,8% afirmaram que não terão condições de pagar contas já atrasadas – permanecendo na inadimplência.
A alta do endividamento e da inadimplência aparece em um momento em que a inflação – especialmente dos alimentos – não para de subir. Os salários, por outro lado, caem a cada mês, enquanto aumenta a informalidade e a precarização dos postos de trabalho. Nos melhores casos, as reposições conquistadas são insuficientes: apenas 31% dos reajustes ficam acima da inflação em julho. Precisando gastar parte significativa dos salários para comer, as famílias muitas vezes não conseguem pagar as demais contas.
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Com informações do portal G1.