segunda-feira, 3 fevereiro, 2025
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Fenajufe envia carta ao presidente do STF e ao procurador-geral da República, solicitando respostas efetivas às principais reivindicações da categoria

Em busca de soluções para as principais demandas dos servidores do Judiciário e por justiça diante das desigualdades, a Fenajufe encaminhou uma carta aberta ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Luiz Roberto Barroso, e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitando respostas urgentes às questões que afetam a categoria.

A entidade ressalta que, enquanto a magistratura acumula benefícios e verbas expressivas, os servidores, fundamentais para o funcionamento do Judiciário, enfrentam perdas salariais significativas e uma crescente defasagem de direitos. A Fenajufe cobra, portanto, medidas concretas para reverter esse quadro de desigualdade e garantir condições mais justas para os trabalhadores da área.

Leia abaixo as cartas na íntegra.

Carta aberta ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF

Senhor Ministro,

A Federação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Judiciário Federal e Ministério Público da União – Fenajufe, em nome dos(as) servidores(as) do Poder Judiciário da União (PJU), vem a público expressar sua profunda preocupação com o tratamento desigual e o desrespeito às demandas legítimas dos(as) trabalhadores(as) que garantem o funcionamento da Justiça no Brasil.

Apesar da tentativa de diálogo, que incluiu discussões no Fórum Nacional de Carreiras do PJU e MPU, a falta de respostas efetivas às principais reivindicações da categoria tem causado enorme insatisfação. Enquanto observamos a magistratura acumulando benefícios e verbas vultosas em sessões administrativas, os(as)servidores(as), que são o alicerce do Judiciário, enfrentam desafios crescentes, como sobrecarga de trabalho e a defasagem de direitos e benefícios essenciais.

Entre os pontos mais urgentes e inadiáveis, destacamos:

1) Melhoria nas remunerações e redução das desigualdades salariais internas: os reajustes recentes não foram suficientes para repor a inflação acumulada, resultando em perdas reais. É necessário corrigir as distorções, promovendo justiça e isonomia nas carreiras do Judiciário.

2) Pagamento do auxílio-saúde nos mesmos moldes do recebido pelos magistrados.

3) Indenização de transporte para os(as) analistas judiciários(as) – especialidade Oficial de Justiça: Garantir uma indenização justa que cubra os custos de deslocamento necessários para o cumprimento das atribuições externas.

4) Implementação do Adicional de Qualificação (AQ): Regulamentação urgente, com atualização dos percentuais e da base de cálculo sobre o maior vencimento básico das carreiras, além da permissão para acumulação de cursos de capacitação, valorizando o desenvolvimento técnico e profissional dos(as) servidores(as).

5) Respeito aos direitos adquiridos e garantias legais:

  • Defesa da VPNI de quintos e/ou décimos reconhecidos administrativamente, assegurando a segurança jurídica.
  • Pagamento integral da VPI e compatibilidade das gratificações, como a Gratificação de Atividades Externas (GAE), com interpretações favoráveis aos(as) trabalhadores(as).

6) Reconhecimento de direitos relacionados às condições de trabalho:

  • Garantia de períodos de férias não usufruídos por necessidade de serviço, mesmo após dois anos.
  • Regulamentação e ampliação do trabalho remoto como opção legítima e estruturada.
  • Registro efetivo das horas extras, respeitando a escolha entre pagamento ou inclusão no banco de horas.

7) Incorporação de gratificações às aposentadorias: Atividades desempenhadas com dedicação e risco, como as realizadas pelos(as) técnicos(as) e analistas judiciários(as) das especialidades de agente de polícia judicial e inspetor, devem refletir na composição das aposentadorias.

O Judiciário é constituído e construído não apenas pela magistratura, mas por mais de 120 mil servidores(as), cuja atuação é indispensável. Reconhecemos os esforços do Ministro e o espaço de debate aberto no Fórum Nacional, mas ressaltamos que tais ações precisam ser acompanhadas de respostas concretas e efetivas às demandas apresentadas.

Diante da ausência de avanços significativos, anunciamos a organização de um calendário de lutas, que se inicia em 07 de fevereiro, declarado como o Dia Nacional de Luta pela Valorização das Servidoras e Servidores do PJU e MPU, com a exigência de inclusão desses(as) trabalhadores(as) no orçamento de forma digna e justa.

Reiteramos nosso compromisso com o diálogo, mas destacamos que, caso as reivindicações não sejam atendidas, os(as) servidores(as) intensificarão a mobilização, incluindo, se necessário, a deflagração de um movimento paredista.

Respeitosamente,

Federação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Judiciário Federal e Ministério Público da União

Senhor Procurador-Geral,

A Federação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Judiciário Federal e Ministério Público da União – Fenajufe, em nome dos(as) servidores(as) do Ministério Público da União (MPU), vem a público manifestar sua preocupação com o descaso em relação às pautas legítimas dos(as) trabalhadores(as) que sustentam as atividades essenciais do MPU.

Embora o MPU assuma um papel cada vez mais relevante na defesa da sociedade, os(as) servidores(as) que garantem a efetividade dessas funções seguem relegados(as) a um plano secundário.

Entre os pontos mais urgentes, destacamos:

1) Melhoria nas remunerações e redução das desigualdades salariais internas: Os reajustes recentes não foram suficientes para compensar a inflação acumulada, resultando em perdas reais. É necessário corrigir as distorções salariais nas carreiras.

2) Reajuste dos auxílios alimentação e pré-escolar: Aproximar os valores praticados à política de benefícios do Tribunal de Contas da União.

3) Pagamento do auxílio-saúde nos mesmos moldes do recebido pelos magistrados.

4) Implementação do Adicional de Qualificação (AQ): Regulamentação com atualização dos percentuais e base de cálculo sobre o maior vencimento básico das carreiras, além da possibilidade de acumulação de cursos de capacitação.

5) Respeito aos direitos adquiridos e garantias legais: Pagamento integral da VPI e regulamentação do trabalho remoto estruturado.

6) Reconhecimento de direitos relacionados às condições de trabalho:

  • Garantia de férias não usufruídas por necessidade de serviço.
  • Registro das horas extras, com escolha entre pagamento ou inclusão no
    banco de horas.

7) Incorporação de gratificações às aposentadorias: Atividades desempenhadas com dedicação e risco, como as realizadas pelos(as) técnicos(as) e analistas judiciários(as) das especialidades de agente de polícia judicial e inspetor, devem refletir na composição das aposentadorias.

Anunciamos um calendário de lutas que se inicia no dia 07 de fevereiro, declarado como o Dia Nacional de Luta pela Valorização das Servidoras e Servidores do MPU e PJU. Caso nossas reivindicações não sejam atendidas, a mobilização será intensificada.

Respeitosamente,

Federação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Judiciário Federal e Ministério Público da União

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