A Greve Geral dos Serviços Públicos em 18 de Agosto será o dia de pôr à prova a capacidade de mobilização do segmento contra o tratoraço promovido por Bolsonaro e o Centrão pra cima dos servidores(as) públicos(as). Com a deterioração da governabilidade se acirrando frente ao tensionamento das relações entre o Planalto e as “instituições da República”, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL) recrudesceu e deixou claro que quer a reforma administrativa em votação no plenário, antes do fim de agosto.
Lira entende os riscos e viu nessa semana, vozes do deus mercado subirem o tom contra Bolsonaro, vaticinando o fracasso de uma recuperação econômica que só o governo e a elite finaneira vêem. Enquanto isso, o país se afunda com um número cada vez maior de desempregados e miseráveis.
Somada à privatização dos Correios aprovada na quarta-feira, 5, – seguindo agora para o Senado – e à aprovação da minirreforma trabalhista – MP 1045 – que tramita recheada de “jabutis” que se aprovada, permitirá a empresas contratarem até 40% de seus trabalhadores de forma precária e sem direitos, com o único objetivo reduzir brutalmente os custos do trabalho para aumentar ainda mais os lucros do capital, a PEC 32/20 passa a ser prestação de contas final do parlamento ao mercado, em mais este momento de toma lá, dá cá.
O cenário é grave e requer muita mobilização em ressonância com a insatisfação popular. O alinhamento do #ReformaAdministrativaNAO ao #ForaBolsonaro, consolidado no último grande ato nacional aponta para reforço na unificação das pautas e de pressão sobre o parlamento. Com novos atos programados e o calendário do movimento abraçando a Greve Geral do Serviço Público, aa hora é de ações decisivas.
Em ofício encaminhado aos sindicatos filiados nesta sexta-feira, 6, assinado pelos coordenadores-gerais Fabiano dos Santos e José Aristeia, a Fenajufe reforçou orientação para que as entidades realizem assembleias de base para construção do Dia Nacional de Mobilização e Greve Geral do Serviço Público no 18/8 bem como participação no Grito dos Excluídos em 7 de setembro, assim como avaliar as demais datas do calendário.
Importante reforçar que a Campanha Nacional Fora Bolsonaro incorporou em suas atividades o calendário aprovado no Encontro Nacional dos Servidores Públicos de todo país englobando as esferas municipal, estadual e federal, ocorrido nos dias 29 e 30 de julho, cuja principal data aprovada foi 18/8 como Dia de Greve Geral dos Serviços Públicos.
A Federação orienta todos os Sindicatos Filiados a intensificarem o trabalho de base de forma a preparar a categoria para as lutas que seguem sendo convocadas, destacando:
11 de Agosto – Dia do Estudante
18 de Agosto – Greve Geral dos Serviços Públicos (Saiba mais em contrapec32.com.br) e Mobilização Nacional pelo Fora Bolsonaro (atos, panfletagens e ações no campo e na cidade).
28 de Agosto – Mutirão Nacional Fora Bolsonaro em preparação ao Grito dos Excluídos.
7 de Setembro – Grito dos Excluídos – construção de mais um ato nacional do #ForaBolsonaro
Pressão no Parlamento
Para auxiliar o trabalho de mobilização pelas redes sociais, a Fenajufe disponibilizou a plataforma Mobliza Fenajufe. A plataforma pode ser acessada pelo endereço https://mobiliza.fenajufe.org.br/ e nela está disponível o Carômetro dos parlamentares até o momento indicados para a Comissão Especial, a quem você poderá enviar mensagens de pressão – no caso dos deputados indecisos e favoráveis à reforma administrativa – ou de agradecimento, para os parlamentares que se declararam, declaram e se declararem contrários à PEC 32/2020, a reforma administrativa.
Essas mensagens que você enviar poderão ser entregues ao WhatsApp, Facebook, Instagram e Twitter, bem como enviadas ainda por e-mail. As mensagens são personificáveis, se assim o desejar.
Um diferencial importante que a plataforma traz é o dossiê de cada parlamentar, contendo informações sobre maiores votações recebidas no estado de origem (municípios onde o parlamentar tem suas bases eleitorais) e o perfil de atuação no Congresso, que podem ajudar na abordagem e na estratégia de pressão presencial: piquetes nas proximidades de escritórios e residências dos parlamentares, buzinaços, vigílias em frente à residência do parlamentar; outdoor; carro de som rodando nos bairros da cidade com mensagem citando o deputado.
Por: Luciano Beregeno
Reprodução: Fenajufe