Temas convidam à reflexão em mesa de debates no III Encontro de Pretas e Pretos
O período vespertino do primeiro dia de debates raciais trouxe como tema central a inteligência artificial (IA), que pode acentuar as desigualdades e o racismo no ambiente digital, metas de combate ao racismo do CNJ e questionamentos sobre o incômodo que as cotas raciais ainda provocam não judiciário e na sociedade como um todo.

Para discorrer sobre o tema “O Racismo Alimentado nas IAs”, a Federação convidou Dalton Martins, professor na Universidade de Brasília (UNB). Sobre as metas e indicadores de ações antirracistas no sistema de justiça, o protagonista foi Marcelino Conti, membro do Fonaer.
Racismo Digital: Em sua abordagem inicial o painelista alertou para a relevância do tema e chamou atenção para o fato de que o racismo no ambiente digital, muitas vezes, passa despercebido pela maioria das pessoas. “Esse é um tema muito central e está afetando ambientes educacionais, as relações entre familiares, a vida em sociedade, grupos em relações coletivas, porque isso muitas vezes passa de modo invisível pelas nossas experiências digitais e a gente não percebe que está submetido àquilo”.
O especialista fez uma apresentação que ele chama de “humanização dos algoritmos” para explicar o assunto. O painelista explicou como algoritmos e sistemas de inteligência artificial podem reproduzir desigualdades raciais quando não são desenvolvidos de forma ética e inclusiva
Assista :
Metas e indicadores de ações do CNJ: Na sequência, Marcelino Conti de Souza, secretário da Universidade Federal DO Rio de Janeiro e mestre em Antropologia, explanou sobre “Metas e Indicadores Raciais do Conselho Nacional de Justiça”. O painelista integra o Fórum Nacional do Poder Judiciário para a Equidade Racial (Fonaer), do CNJ. O Fórum foi criado em 2023 com o propósito de combater a discriminação racial no sistema de justiça.
Segundo ele, as metas e indicadores raciais do Conselho representam um avanço significativo no reconhecimento do racismo institucional no Judiciário brasileiro, porque elas trouxeram um prognóstico real das desigualdades no PJU. Em sua apresentação, ele afirmou que a “sub-representação de pessoas no judiciário reflete um padrão histórico de exclusão que deve ser urgentemente abordado para promover a equidade.”
Assista:
O último painel do dia, foi dividido entre Alexandre Marques, assessor institucional da Fenajufe, Patrícia Fernanda Santos – coordenadora do Departamento de Combate ao Racismo do Sisejufe/RJ e Luciana Barrozo – (Membra do Comitê Regional do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade do (TRT2).
Juntos, os painelistas falaram sobre tema “Cotas Raciais no PJU e MPU” e porque isso incomoda tanto a sociedade.





