Apesar dos desafios; que incluíram atendimentos realizados nos lugares mais remotos do Estado, os servidores da Justiça Eleitoral do Pará concluíram o cadastramento biométrico da população urbana e rural do Estado.
Os servidores chegaram em comunidades que só podiam ser acessadas através de barco ou canoa, realizaram ações itinerantes mesmo em feriados e finais de semana, sacrifícios feitos em favor da cidadania e com o objetivo de entregar à sociedade a conclusão de um projeto desafiador.
Hoje, dia 03 de dezembro, o esforço desses trabalhadores foi lembrado pelo presidente do TRE-PA, Desembargador Roberto Gonçalves de Moura, durante a cerimônia de encerramento do processo de recadastramento biométrico.
“não posso deixar de aqui reconhecer os esforços de todos os servidores, magistrados e entes dos principais estaduais que no pleno sentido de eficiência da administração pública entregaram este resultado, base para tudo o que quiser fazer, ousando, avançando e concluindo em tempo recorde, com responsabilidade, o cadastro de eleitores no Pará”., declarou o Desembargador.
O servidor Félix Honorato esteve no apoio desse projeto, realizando atendimentos no cartório eleitoral de Belém. Ele fala do esforço de chegar até o eleitorado.
“O TRE foi ao encontro do eleitor, quando o eleitor não podia vir até nós, nós íamos ao encontro dele. O deslocamento foi nosso principal desafio, pois existem municípios que só podem ser acessados através de barco em viagens que duram longas horas.”, contou Félix que também avaliou o interesse da população para estar em dia com suas obrigações eleitorais.
“Muitos vinham até nós. Pessoas que saíam duas horas da manhã de suas casas, de ônibus, para que seu título estivesse em dia, já que é um documento tão importante quanto o CPF”
Em outros municípios não foi diferente, como conta a servidora Keila de Miranda que participou do cadastramento biométrico de eleitores em Abaetetuba, Monte Alegre e Tailândia. “Eu observei que as pessoas compareciam mesmo antes da biometria se tornar obrigatória. Eles se preocupavam em estar com o seu título regularizado. Além disso, me chamou atenção os idosos que faziam questão de exercer sua cidadania, mesmo sabendo que não eram obrigados a fazer a coleta”, destacou Keila.
Ela também lembrou da rede de apoio que se criou em torno desse projeto, com a ajuda de diversos servidores. “Nesse processo, todo mundo foi importante. Lembro do empenho dos próprios servidores das prefeituras que se dedicaram bastante para alcançar a meta de 80%”.
Keila também expressou seu sentimento ao fazer parte da equipe que entrega mais um trabalho à sociedade. “Eu me sinto como um instrumento facilitador para esses eleitores e para União para que essa regularização acontecesse”.
O TRE do Pará levou 10 anos para realizar o levantamento biométrico no Pará. A partir de agora, com a conclusão desse trabalho, o TRE se prepara para realizar a primeira eleição totalmente biometrizada no pleito municipal de 2020.