Em uma ação que marca o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, celebrado nesta terça-feira (25/11), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a empresa Telefônica Brasil Vivo deram início à campanha “Salve Ela”, para a divulgação de programa de conscientização do combate à violência contra a mulher.
A partir do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) n. 70/2025, assinado, nesta segunda-feira (24/11), pelo presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, e pelo diretor jurídico da operadora, Breno Rodrigo Pacheco de Oliveira, os clientes da Vivo receberão SMS com uma mensagem de conscientização que vai informar: “A violência contra a mulher é um problema de todos. Denuncie: 190”. A mensagem será enviada a todos os clientes da empresa nesta terça-feira (25/11).
Fachin destacou que o acordo representa uma ponte importante com a iniciativa privada. Para ele, a ação serve como exemplo para o empresariado brasileiro e deve frutificar. “A participação da empresa Vivo nessa campanha traduz um compromisso concreto com os sentidos que a Constituição, na ordem econômica, dedica às empresas. Ao mesmo tempo, agrega um valor extremamente positivo à própria atividade empresarial que realiza uma finalidade pública relevante”, afirmou.
O ministro destacou ainda que a prevenção exige informação acessível e comunicação responsável, capaz de alcançar milhões de pessoas em diferentes regiões do país. “Com essa parceria, mensagens educativas, orientações e alertas sobre sinais de risco e caminhos de busca por ajuda chegarão a públicos amplos, inclusive em locais distantes das sedes do sistema de justiça”.
Responsável pela articulação do acordo, a conselheira Renata Gil disse que o CNJ está na vanguarda das políticas públicas que salvam pessoas. “Os casos de violência contra a mulher só aumentam. A maior parte das denúncias recebidas pelo 190 é a violência contra a mulher e é dentro de casa”.
A ação lembra que, às vezes, a vítima não tem coragem de fazer a denúncia, mas amigos, familiares e vizinhos podem acionar o sistema e salvar uma vida. “A campanha Salve Ela pretende que qualquer um possa salvar aquela que está em risco. E o que a Vivo faz para avisar sobre medidas que precisam de alerta foi adaptado para conscientizar que todos nós fazemos parte dessa solução”, explicou a conselheira.
O representante da Vivo, Breno Rodrigo, disse que para a empresa é muito importante participar dessa ação, que chegará a todo o país. “O título da campanha mostra que a preocupação é com ela, aquela que está ao lado. Até que cheguemos a um tempo em que não seja mais necessário mandarmos um SMS, mas que a conscientização virá da escola, da educação e do cotidiano”, pontuou.
Justiça por Todas Elas
A iniciativa estimulará também o acesso a outros canais oficiais de denúncia. Um deles é o 180, da Central de Atendimento à Mulher, com redirecionamento do público ao portal A Justiça por Todas Elas, que reúne informações e serviços de acolhimento.
A campanha terá continuidade em 2026: em março, no Dia Internacional da Mulher (8/3); em 7 de agosto, pelo aniversário da Lei Maria da Penha; e, em 10 de outubro, Dia Nacional da Luta contra a Violência à Mulher.
A ação atende à Resolução CNJ n. 254/2018, que instituiu a Política Judiciária Nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres pelo Poder Judiciário. O normativo definiu diretrizes e ações e garante a adequada solução de conflitos que envolvem mulheres em situação de violência.
Texto: Lenir Camimura e Mariana Mainenti
Edição: Thaís Cieglinski
Revisão: Caroline Zanetti
Arte: CNJ / Reprodução
Agência CNJ de Notícias





