O SINDJUF-PA/AP esteve na audiência pública promovida na tarde desta segunda-feira (23) pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), que teve como objetivo discutir a construção das metas nacionais da Justiça do Trabalho para o ano de 2026.
Representando o Sindicato, participaram a dirigente de base Jacqueline Chaves de Almeida e o assessor da diretoria, Fabrício Acácio.
O Sindjuf-PA/AP também indicou a participação da representante sindical Alice Romana de Jesus Pereira, servidora aposentada do Tribunal. Sua presença seria virtual. No entanto, sua participação foi inviabilizada, pois o Tribunal não disponibilizou o link de acesso à audiência.
A audiência foi conduzida pela presidente do TRT/8ª, desembargadora Sulamir Palmeira Monassa de Almeida, e apresentou as metas propostas pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), incluindo 10 metas principais e novas diretrizes em análise para o próximo ciclo.
Durante a audiência, o SINDJUF-PA/AP trouxe para o centro do debate a realidade enfrentada pelos servidores da Justiça do Trabalho. Ao final do evento, a representante Jacqueline Chaves de Almeida, fez um pronunciamento questionando a formulação das metas sem a devida consideração das condições reais de trabalho, sobretudo nas varas situadas no interior.
“A cada dia temos mais metas a cumprir, e me pergunto como compatibilizar isso com a redução contínua do número de servidores, especialmente nas varas do interior, que enfrentam ainda mais dificuldades. Não podemos apenas mirar no cumprimento das metas, é preciso analisar em quais condições elas serão atingidas. Há, por exemplo, uma meta relacionada a saúde e ao absenteísmo, mas pouco se fala sobre como as condições precárias de trabalho contribuem diretamente para esse problema. Não podemos enxergar apenas números — há seres humanos por trás deles.”, destacou Jacqueline Almeida.
A participação do SINDJUF-PA/AP reforçou a importância da escuta ativa às demandas dos servidores na definição de metas institucionais. A Entidade defende que os objetivos da Justiça do Trabalho não podem ser construídos à revelia da realidade vivida diariamente por quem garante o funcionamento do Judiciário, especialmente em regiões com menos estrutura e recursos humanos.
As contribuições colhidas durante a audiência serão encaminhadas ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que ficará responsável pela consolidação e aprovação das metas nacionais para 2026.