O Sindicato realizou em setembro de 2022 uma pesquisa com as servidoras e servidores do PJU no Pará e Amapá. O objetivo da sondagem era investigar como estavam as condições do ambiente de trabalho desses servidores. A pesquisa considerou aspectos como estrutura física, excesso de demandas, assédios e saúde.
Após avaliação do resultado da pesquisa, o Sindjuf-PA/AP iniciou 2023 priorizando o combate ao assédio moral e sexual com a abertura de uma plataforma de informação e denúncia em seu site de notícias.
As demais questões evidenciadas nas respostas serão encaminhadas aos tribunais como recomendações para se corrigir as principais deficiências apontadas pelo estudo.
Confira o resultado da pesquisa:
Valorização
70,8% dos participantes da pesquisa responderam que não se sentem valorizados como servidor. Este também foi o mesmo percentual de respondentes que declararam que o Órgão onde estão lotados não possuem praticas ou política de valorização.
Estrutura física
O Sindjuf-PA/AP também perguntou se os servidores estavam satisfeitos com as estruturas físicas dos locais de trabalho, mais da metade dos respondentes, 54,2%, responderam não estar satisfeitos.
O Sindicato também buscou avaliar condições de fornecimento de energia elétrica, internet, água potável, banheiros, mobiliário, entre outros aspectos do ambiente de trabalho dos servidores. Em relação a Energia Elétrica, 45,8% dos servidores consideram o fornecimento de energia elétrica bom, 29,2% excelente e 25% considera o fornecimento ruim.
A pesquisa revelou que o sinal de internet é um problema para os servidores lotados no interior do Pará. Eles estão entre a maioria dos 29,2% participantes, que avaliaram o fornecimento como ruim. 33,3% responderam que a internet no seu local de trabalho é boa e 37,5% excelente.
O fornecimento de água potável também foi avaliado. 41,7 dizem que o fornecimento é bom, 37,5% excelente e 20,8% ruim.
62,5% dos servidores avaliaram como boas as condições dos banheiros dos seus ambientes de trabalho, 16,7% excelente e 20,8% ruim. Os respondentes também informaram que a maioria dos banheiros são separados por gênero.
25% dos participantes responderam que o mobiliário de trabalho é ruim, 50% disse ser bom e 25% excelente.
Espaços e maquinário
Sobre o maquinário, computadores, impressoras e demais equipamentos, 25% dos servidores disseram que esses equipamentos são bons, 25% considerou excelente e 20,8% ruim.
A maioria (62,5%) dos respondentes declararam que o seu local de trabalho conta com espaço para reuniões, enquanto que 37,5% disseram não possuir.
A maioria dos locais de trabalho desses servidores também conta com espaço para refeições, segundo 70,8% dos respondentes.
Teletrabalho
Dessas pessoas, 66,7%, responderam que é possível optar pelo teletrabalho, contra 33,3% que declararam não ter essa opção aonde trabalham. 45,8% das respostas também revelam que o órgão não oferece suporte para esse tipo de regime de trabalho.
Aumento da demanda
Metade dos entrevistados declararam que sofrem com pressões ou cobranças excessivas por parte da sua chefia. 66,7% também considera que as metas de produtividades estabelecidas são excessivas.
Um dado alarmante é que 91,7% dos respondentes consideram que a quantidade de trabalho tem aumentado e 70,8% dos participantes que o número de servidores no local de trabalho é insatisfatório para a demanda de trabalho.
62,5% dos servidores disseram que se sentem muito cansados, enquanto que 29,2% sentem-se igualmente cansado nos últimos três anos, contra apenas 8,3% que se sentem menos cansado.
62,5% dos participantes disseram que precisaram se ausentar do trabalho por problemas de saúde e que a maioria disse sentir dores nas costas, seguido por dores nas articulações.
Assédio
75% dos participantes disse já ter sofrido assédio moral e 12,5% assédio sexual no ambiente de trabalho.
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