quinta-feira, 10 julho, 2025
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Sindjuf-PA/AP repudia abstenção de coordenadoras da Fenajufe em votação decisiva no Fórum de Carreira do CNJ

O Sindjuf-PA/AP manifesta seu repúdio à postura adotada pelas coordenadoras da Fenajufe, Denise Carneiro (Sindjufe-BA) e Eliana Leocádia (Sitraemg), que se abstiveram de votar em uma deliberação decisiva durante a reunião do Fórum Permanente de Gestão da Carreira dos Servidores do Poder Judiciário da União, realizada nesta quarta-feira (9), no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A abstenção das dirigentes ocorreu quando estava em pauta a proposta de reajuste emergencial da categoria para 2026. O posicionamento das coordenadoras contrariou a orientação aprovada no último Conselho Deliberativo da Fenajufe, que estabelecia apoio à proposta consensuada entre as entidades representativas, prevendo um reajuste de 15,93%.

A ausência dos votos teve impacto direto no resultado, contribuindo para a aprovação de uma proposta rebaixada, de apenas 8%, frustrando as expectativas da categoria.

Leia abaixo a íntegra do manifesto do Sindjuf-PA/AP:

NOTA DA DIRETORIA DO SINDJUF-PA/AP

ENTIDADE REPUDIA POSTURA DAS COORDENADORAS DA FENAJUFE QUE SE ABSTIVERAM EM VOTAÇÃO DECISIVA NO FÓRUM PERMANENTE DE CARREIRA DO CNJ

O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal dos Estados do Pará e Amapá – SINDJUF-PA/AP manifesta seu mais veemente repúdio à conduta adotada pelas coordenadoras da Fenajufe, Denise Carneiro (SINDJUFE-BA) e Eliana Leocádia (SITRAEMG), que optaram pela abstenção na votação realizada no último dia 09/07, durante reunião do Fórum Permanente de Carreira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), quando estavam em discussão propostas cruciais para a recomposição salarial das servidoras e dos servidores do Poder Judiciário da União (PJU) para o ano de 2026.

A proposta apresentada pela representação sindical da categoria — resultado de um processo de ampla articulação e unidade entre a FENAJUFE e o SINDJUS/DF, e aprovada no Conselho Deliberativo de Entidades — previa um reajuste de 5% sobre o Vencimento Básico (VB) e modificação no percentual da Gratificação de Atividade Judiciária (GAJ) de 140% para 165%, assegurando uma recomposição emergencial (total de 15,93%) que minimizaria as perdas inflacionárias mais recentes.

Tal proposta, expressava o entendimento construído de forma coletiva e majoritária no campo das entidades representativas, refletindo o compromisso de defender o melhor reajuste possível para os mais de 130 mil servidores ativos e inativos do PJU. Além do que, sinalizava um grande passo nas tratativas de reaproximação da relação FENAJUFE – SINDJUS-DF, para a consolidação de uma união em prol da categoria. A postura do conjunto das representações sindicais foi, desde o início, marcada por responsabilidade, diálogo e busca pela conciliação entre as propostas apresentadas, sempre com foco na valorização da categoria.

Surpreendentemente, ao se absterem na votação — que resultou na derrota da proposta dos servidores por 9 votos a 7 — as duas coordenadoras da Federação romperam com a deliberação da Executiva da Fenajufe e do seu Conselho Deliberativo, fragilizando a posição do segmento sindical em um momento estratégico de negociação. Se tivessem votado conforme a decisão da Federação, o placar teria empatado (9 a 9), permitindo ao conselheiro Guilherme Feliciano — que já havia sinalizado apoio à proposta dos servidores — exercer o voto de desempate, possivelmente garantindo a aprovação do reajuste integral defendido pela categoria. E isso, já a partir de janeiro de 2026.

A atitude das referidas coordenadoras não apenas contraria a vontade expressa da base representada, como também se coloca em nítido desalinho com os compromissos assumidos pela Federação, que tem atuado com seriedade e coerência para assegurar avanços concretos nas negociações. Trata-se, portanto, de um gesto que, na avaliação do SINDJUF-PA/AP, fere a confiança depositada pelos servidores e enfraquece a luta coletiva por uma recomposição salarial emergencial mais justa.

O SINDJUF-PA/AP reafirma seu compromisso com a categoria, e declara que continuará atuando de forma firme, transparente e responsável em defesa dos interesses legítimos das servidoras e dos servidores do Judiciário Federal. Não aceitaremos retrocessos nem desvios de conduta que comprometam as conquistas e os direitos da nossa categoria.

Seguiremos vigilantes e mobilizados, exigindo que a representação sindical nacional atue com a seriedade, compromisso e lealdade que toda a categoria dos servidores do PJU esperam e merecem.

Belém/PA, 09 de junho de 2025.

Diretoria Colegiada do SINDJUF-PA/AP

 

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