2º edição do evento contemplou o extremo sul do Estado, com palestras e oficinas voltadas às mulheres em vulnerabilidade
A Corregedoria Regional Eleitoral do Amapá (CRE-AP) promoveu nos municípios de Laranjal do Jari e Vitória do Jari palestras e oficinas como forma de conscientização sobre o combate à violência contra a mulher e as formas de assédio. Mais de 100 pessoas participaram das oficinas e dos atendimentos de assistência psicológica.
Na abertura do evento, o Corregedor Eleitoral, desembargador Carmo Antônio de Souza, apontou os índices de violência contra a mulher no município. “É muito importante debater o assunto com a comunidade local. O município de Laranjal do Jari tem um dos piores índices de violência doméstica do Estado do Amapá”.
O presidente do TRE Amapá, desembargador João Lages, que acompanhou as atividades, destacou a importância do acolhimento e escuta qualificada realizados por meio da assistência e atendimento psicológico na ação.
“A Justiça Eleitoral atua em diversas esferas, desde a discussão sobre temas voltados ao assédio e violência doméstica, oficinas que visam empoderar e contribuir para a renda das mulheres, além do atendimento psicológico para mulheres que estão em situação de vulnerabilidade, o que é essencial para sua recuperação”.
O ciclo de palestras iniciou com o tema “assédio moral”, ministrado pelo servidor do TRE Amapá, Heverton Fernandes, que abordou os tipos de assédios e danos à saúde mental das vítimas.
Na sequência, a presidente da Comissão de Participação Feminina do Tribunal, Lena Mendes, tratou sobre a violência política de gênero.
A violência contra as mulheres, na política, se reflete em uma baixa participação feminina nas disputas por cargos eletivos, discriminação partidária, assédio e outros fenômenos que resultam em pouca representatividade de gênero na política, dados apontados pela servidora durante a palestra.
O tema chamou a atenção da jovem Ana Flávia, de 19 anos, acadêmica de Administração do Instituto Federal do Amapá (IFAP), que refletiu sobre o número de mulheres nos espaços políticos. “Vim com a turma prestigiar o evento que é de suma importância para as mulheres do Jari. Eu, como mulher, me senti bem informada, adorei conhecer o tema e ter acesso a esses detalhes”, disse.
Finalizando a rodada de palestras, a coordenadora do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) do município, Marília Moura, sensibilizou os participantes acerca da violência doméstica e o combate as práticas abusivas.
Segundo o Governo do Estado, de acordo com a Polícia Civil, de maio a julho de 2023, houve o registro de 150 casos de violência contra a mulher no município de Laranjal do Jari. O alto índice motivou a realização da ação conjunta de enfrentamento a todo tipo de assédio e violência doméstica no Jari.
Atuação da Justiça Eleitoral no extremo sul do Estado
Como parte programação no município, o TRE Amapá, em parceria com a Coordenadoria de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Estado (TJAP), promoveu as oficinas de produção de artigos em biscuit, cultivo de plantas e flores ornamentais, defesa pessoal e educação do lar. O objetivo é oferecer conhecimentos que possam gerar ou colaborar com a renda familiar.
O Corregedor Eleitoral, desembargador Carmo Antônio de Souza, e a coordenadora da Corregedoria, Elinete Freitas, acompanharam as atividades e dialogaram com as participantes.
Foto/Crédito: ASCOM – TRE/AP
Fonte: https://www.tre-ap.jus.br/comunicacao/noticias/2023/Novembro/garantia-de-direitos-fundamentais-corregedoria-eleitoral-leva-acoes-de-combate-ao-assedio-e-violencia-domestica-para-laranjal-do-jari
