“Do encontro das águas à força das cataratas: unidade, carreira e justiça social”
O 12º Congresso Nacional da Fenajufe foi mais do que um espaço de deliberação política. Foi a expressão viva de um reencontro coletivo, a retomada de vínculos históricos e a reafirmação do compromisso com um projeto comum de valorização das servidoras e servidores do Poder Judiciário da União e do Ministério Público da União.
O tema do congresso deixou de ser apenas lema para se tornar realidade concreta, encarnada em dois momentos profundamente simbólicos que marcaram sua abertura e seu encerramento — e que demonstraram, com potência e emoção, que a unidade da nossa categoria segue sendo o motor das grandes conquistas históricas.
Na abertura, os dois sindicatos do estado do Paraná — Sinjutra/PR e Sinjuspar/PR do congresso — entregaram à Fenajufe uma carta conjunta de intenção de unificação. O gesto emocionou e impactou a plenária. Mais do que um movimento administrativo, foi uma declaração política: de que é possível reconstruir, mesmo após disputas, um caminho comum em nome da categoria. A carta foi recebida pela direção da Federação como símbolo de maturidade política e coragem coletiva. Uma semente de unidade foi semeada ali, diante de todas e todos.
No encerramento, um novo reencontro atravessou o tempo: ex-dirigentes da Federação e o assessor Vladimir Nepomuceno, que articulou politicamente, à época, a junção da Fenajufe e Fenastra (que reunia os sindicatos da Justiça do Trabalho nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Sergipe, Ceará, Pará, Amazonas e Rondônia), celebraram os 30 anos da unificação. Um marco histórico que, no ano seguinte, possibilitou a conquista do primeiro Plano de Cargos e Salários da categoria, com a promulgação da Lei nº 9.421/1996 — a lei que instituiu oficialmente a carreira dos servidores e servidoras do PJU.
A cerimônia de encerramento foi marcada por homenagens aos (as) dirigentes que fizeram parte da primeira gestão, Ana Luiza Figueiredo Gomes, Maria Madalena Nunes, Neemias Ramos Freire, Nildomar Feire Santos (Nildão) – reconhecendo sua contribuição decisiva na consolidação de um sindicalismo nacional forte, plural e combativo. A força da memória se encontrou com a esperança do futuro.
Esses dois momentos — um apontando o que ainda precisamos construir e outro resgatando o que já conquistamos — sintetizam a força do tema que deu nome ao 12º Congrejufe. Assim como as águas dos rios que se unem em Foz do Iguaçu formam as cataratas, os encontros que ali aconteceram formaram uma corrente coletiva de solidariedade, compromisso político e ação estratégica. A unidade não foi apenas discutida. Ela aconteceu — simbolicamente e concretamente.
O 12º Congrejufe entrou para a história como espaço de debates profundos sobre carreira, condições de trabalho, justiça social e combate à precarização. Mas, acima de tudo, como o congresso que reafirmou a centralidade da unidade como valor político e ferramenta de transformação.
Imprensa Fenajufe
Fonte: https://www.fenajufe.org.br/noticias-da-fenajufe/unidade-do-gesto-simbolico-a-forca-concreta-da-categoria-12o-congrejufe-entra-para-a-historia-como-reafirmacao-do-projeto-coletivo-do-pju-e-mpu/