segunda-feira, 15 dezembro, 2025
spot_img

VIOLÊNCIA DE GÊNERO: Encerramento dos 21 Dias de Ativismo pela eliminação da violência contra a mulher destaca aumento do feminicídio no país

2025 já registrou mais de mil mortes de mulheres, é preciso erradicar essa violação aos direitos humanos

A campanha dos 21 Dias de Ativismo pela Eliminação da Violência contra a Mulher, iniciada no dia 20 de novembro chegou ao fim na última terça-feira (10), em meio a um cenário de horror social em relação ao aumento escancarado de feminicídios no Brasil.

Nos últimos dias o país testemunhou, estarrecido, inúmeros casos de violência de gênero que culminaram com mais mortes e elevaram ao índice de mais de mil mulheres mortas em 2025. A marca letal pode ser ainda maior considerando casos de subnotificação. Registros na área da saúde, por exemplo, estimam que cerca de 40% das mortes violentas de mulheres, podem ser feminicídios e não classificados como tal, especialmente nas periferias e áreas rurais.

Os dados são do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e reunidos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), responsáveis pelos registros de casos. Esses índices refletem uma violência profundamente enraizada nas relações de gênero e no contexto doméstico, já que a grande maioria dos feminicídios ocorre dentro de casa.

Especialistas afirmam que o crescimento dos feminicídios reflete falhas estruturais no sistema de proteção, mas, principalmente, a misoginia que alicerça uma sociedade patriarcal. Fatores sociais como desigualdade de gênero, falta de acesso a medidas protetivas e resistência de parte das vítimas em denunciar devido à dependência econômica ou ao medo de retaliação, também são apontados como fatores que resultam nesses números.

Diante do aumento considerável desse tipo de crime, nas últimas semanas organizações, movimentos populares, feministas e sociais realizaram manifestações em diversas cidades e estados em busca de soluções imediatas contra esse avanço assustador e cobrando políticas públicas e urgentes de combate a todas as violências de gênero, com criação de leis punitivas rigorosas e mais severas para esse tipo de crime.

A campanha que acontece anualmente, alerta para as diferentes formas de violência e demais agressões que matam uma mulher a cada quatro horas no país. No entanto, a mobilização e conscientização deve ser contínua com vigilância diária. É preciso transformar as atividades do período em ações concretas para reduzir a letalidade e garantir proteção às mulheres.

É preciso erradicar essa violação aos direitos humanos. A vida das mulheres está em risco, banalizada. É bem verdade que o governo federal é sensível à necessidade de mudanças e ampliação nas leis e penalidades, mas isso não é suficiente. É preciso ações estruturais que enfrentem as desigualdades de gênero, o machismo cultural , o racismo e opressões derivadas para combater essa proliferação de morte feminina.

O exemplo de países que enfrentaram situações semelhantes e hoje apresentam números melhores demonstra que o caminho passa por várias frentes de ação, mas é imprescindivel valorizar as mulheres e trabalhar pela igualdade de gênero.

A Fenajufe, que hoje tem uma gestão maioritariamente feminina, se alia às mulheres nesse debate e nessa luta,

 
Fonte: https://www.fenajufe.org.br/noticias-da-fenajufe/encerramento-dos-21-dias-de-ativismo-pela-eliminacao-da-violencia-de-genero-destaca-aumento-do-feminicidio-no-pais/

Latest Posts

spot_imgspot_img
spot_imgspot_img

ÚLTIMAS NOTÍCIAS