Evento reforçou a luta contra o racismo e exigiu punição aos culpados pela morte da vereadora

Em mais uma agenda da semana, a Fenajufe esteve presente na solenidade em homenagem a Marille Franco na Câmara dos Deputados nesta manhã de quarta-feira(15). O ato político pediu a retomada imediata das investigações sobre seu assassinato ocorrido em 2018.

Participaram a coordenadora Fernanda Lauria e o coordenador Thiago Duarte. Mariana Petersen e Pietro Valério,ambos diretores do Sisejufe/RJ, também acompanharam a atividade promovida pela deputada Erika Hilton do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL/SP), mesmo partido da vereadora assassinada.

A atividade marca os cinco anos do assassinato da então vereadora e reforça também o apelo político e social de entidades, organizações e movimentos sociais para a elucidação do crime, que até o momento não apontou,de fato, quem são os verdadeiros culpados pela morte da  vereadora e de seu motorista Anderson Gomes.

O evento teve a participação de autoridades políticas, militantes de vários segmentos, amigos e familiares de Marielle Franco. A abertura foi feita pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle e teve falas contundentes contra a violência de gênero e  de raça do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, da deputada Benedita da Silva (PT/RJ) e das deputadas Talíria Petrone (PSOL/RJ) e Erika Hilton, do (PSOL/SP).

Em seu momento de fala, a viúva Mônica Benício falou da saudade e da indignação pelos 5 anos de impunidade dos verdadeiros culpados pelo crime que continua sem solução até esta data.

O ato pediu respostas urgentes e punição para os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Exposição fotográfica

Na mesma data foi inaugurada, ainda, a  exposição “Marielle Franco – Nesse lugar”,  contendo uma amostra do acervo biográfico e legado da vereadora, no mezzanino do Anexo II da Câmara dos deputados.

“Marielle Franco – Nesse lugar” também reforça a afirmação de protesto da família da parlamentar, amigos, sociedade e organizações no Brasil e no mundo contra a impunidade dos mandantes do assassinato de Marielle, que também vitimou de forma trágica o motorista Anderson Gomes.

A exposição foi organizada pela Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, e outras organizações brasileiras e estrangeiras como a “Anistia Internacional”, com objetivo de resgatar a memória política da vereadora, uma das principais vozes da população periférica da cidade do Rio de Janeiro e ficará aberta ao público até o dia 23 de março seguindo depois para assembleias legislativas de outros estados.

Marielle foi assassinada por ser mulher, negra, ativista social e política, homossexual e uma liderança periférica em ascensão. Ingredientes que incomodam os inimigos da democracia e  amantes do fascismo tão acentuado no governo anterior. A sociedade exige punição para que não haja mais corpos de mulheres negras no chão.

Fonte: Da Fenajufe, Joana Darc Melo