sábado, 20 abril, 2024
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Em live da Fenajufe, coordenadora do Sindjuf-PA/AP diz ser preciso coragem para romper com o machismo

Na segunda Live Ampliada de Mulheres da Fenajufe ocorrida na última sexta-feira (25), dirigentes sindicais debateram “A Mulher trabalhadora do Judiciário e MPU e a violência laboral”.

Representando o Sindjuf-PA/AP, a coordenadora Mônica Genú Soares falou sobre a insegurança e temor das mulheres em falar sobre as dificuldades e violências que envolvem seu cotidiano. Ela, assim, como as demais participantes falou sobre as dificuldades em exercer seu lado profissional sem sofrer julgamentos de uma sociedade machista que não aceita mulheres nos ambientes de decisão e poder.

Durante o Encontro pôde-se analisar que a postura das mulheres no ambiente de trabalho reflete a forma como foram criadas, em um padrão de subserviência, para serem “educadas, quietinhas e boazinhas”, e isso impede que mulheres se posicionem no ambiente de trabalho quando algo as incomoda ou diminui.

“Fomos vigiadas e moldadas. Fomos feitas para agradar esta sociedade, por isso, toda vez que uma mulher diz não, somos julgadas. É uma condição muito difícil, que nos coloca de mãos atadas, enclausuradas.”

É preciso coragem para romper com o silêncio

Apesar do temor e insegurança, a coordenadora lembra ser preciso ter CORAGEM. “Nunca me faltou coragem. Vou sempre me sentir uma vencedora, porque coragem não me falta. Quando a gente se acovarda, se guarda, aceita e tem medo, a gente vai ficando à margem das esferas de poder, de decisão.”, avalia.

Mônica lembra que falta coragem até mesmo para as mulheres se reunirem em grupos e debaterem questões diversas. Ela defende a importância de grupos para falar sobre “nossas dores e levantar nossas bandeiras de luta”. “Quando nos podam, nos ofendem, infelizmente, estão cometendo uma violência contra nós.”

Os desafios das mulheres na vida profissional

Na vida profissional, para as mulheres, não basta ser qualificada, ela também precisa enfrentar a desconfiança sobre a sua capacidade e as exigências do padrão de beleza que se estabeleceu para elas. “A gente estuda, passa por seleção, mas a gente passa diariamente por julgamentos. Você é a mulher que envelhece, gorda, que bebe, que chora. Eles nos invalidam todo tempo. “

Mônica diz que a mulher é vista como uma “coisa”, uma condição que não respeita a capacidade e competência feminina.

Machismo também está nos espaços sindicais

Mônica lembra que apesar de ser um espaço de debate social, os sindicatos ainda são espaços onde o machismo está presente, isso pode ser percebido quando no ambiente sindical acreditam ser preciso ter um homem para presidir assembleias ou reuniões. “É difícil ser sindicalista e mulher, nosso posicionamento repele as pessoas. Se tiver que fazer barulho eu faço, participo dos atos, mas eu percebo nos comentários das pessoas: mas a Mônica parece homem”, lamenta.

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