quarta-feira, 24 abril, 2024
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Encontro consolida compromisso do Sindjuf-PA/AP com a inclusão de Pessoas com Deficiência

“O que mais machuca não é a falta de acessibilidade, mas o preconceito”, desabafou Alessandra Andrade, membro do Sintrajufe/RS e do Coletivo Voz Materna, uma das palestrantes do I Encontro e Acessibilidade e Inclusão do Sindjuf-PA/AP.

O evento aconteceu na noite dessa quarta-feira, 29, e também contou com a fala de Ricardo Soares — coordenador do Departamento de Acessibilidade e Inclusão do Sisejufe-RJ.

O encontro consolida o compromisso do Sindicato com a inclusão das pessoas com deficiência. A questão também será pauta do Encontro Nacional da Fenajufe de Pessoas com Deficiência, que acontecerá em formato híbrido nos dias 09 e 10 de julho. 

Para estimular a inclusão desse segmento, o Sindicato estuda a criação de um Núcleo de Pessoas com Deficiência na Entidade.

Alessandra Andrade falou da sua experiência à frente do Núcleo do Sintrajufe/RS que existe desde 2001. Ela considerou os bons resultados alcançados, mas também lembrou das dificuldades em mobilizar os servidores.

A palestrante que é servidora do TRT/4.ª Região, falou sobre as situações constrangedoras que as pessoas com deficiência enfrentam diariamente. “As pessoas enxergam primeiro a deficiência do que a pessoa”, observou.

Alessandra também falou que a luta do segmento é para terem orgulho de estar na sociedade, já que até mesmo os ambientes laborais ergonômicos usufruídos pelos colegas sem deficiência é fruto da mobilização das PcD.

Dificuldades de mobilização

Ricardo Soares também falou da dificuldade de mobilização. “É ruim para mobilizar. Há anos a gente discute as dificuldades de mobilizar a nossa categoria. Nós vivemos isso no nosso ‘DNA’ de sindicalista e com as PcD também é difícil. Tem pessoas com deficiência que se quer, se reconhecem como tal. Elas precisam entender que sem luta a gente não vai chegar a lugar algum.”, analisou. 

O palestrante também lembrou que a invisibilidade enfraquece o movimento. “Nós somos a minoria das minorias. Quando nós falamos em minoria social, geralmente se fala em mulheres, negros, LGBTQIA+, etc. nós estamos nesse, etc., os PcD nunca são frisados, isso invisibiliza ainda mais esse segmento. A gente vem a reboque das demais minorias.”, lamentou. 

Encontro Nacional é uma grande conquista

O servidor também falou da conquista que é a realização do Encontro Nacional da Federação. “A gente vem tocando nessa tecla desde 2006 e finalmente, após anos de luta, a gente vai conseguir se reunir nacionalmente”, comemorou.

Aposentadoria Especial

Alessandra falou que uma das grandes lutas do segmento é também a aposentadoria especial. Ela diz que o projeto que aborda a questão é de 2005 e que se chegar a ser aprovado será prejudicial às pessoas, tamanha é a defasagem do texto que em breve completará 20 anos. 

A questão ainda é muito confusa, principalmente para identificar o grau da deficiência, problema que ocorre, porque segundo Alessandra o sistema de avaliação é frágil e superficial.

Ela também lembrou que o tema ainda é pouco explorado pela legislação.

Em relação a rendimentos, Alessandra vê injustiças, já que o padrão utilizado é benéfico para a união e não para os servidores que só conseguem se aposentar integralmente tendo que cumprir vários requisitos.

Ao final da reunião, a palestrante frisou que seria importante que a Fenajufe construa um documentário ou cartilha para abordar a luta das pessoas com deficiência.

 

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