A militante em saúde do Trabalhador, Mara Rejane Weber (Aposentada do TRT/4ª) esteve ao lado do Desembargador do TRT8ª, Dr. Paulo Isan Júnior, para debater as relações de trabalho dos servidores do PJU, durante a programação do 7º CONJUF.
O Desembargador, Dr. Paulo Isan, agradeceu o convite e disse que essa era o segundo Congresso do Sindjuf-PA/AP que participava, o último ocorrido antes da pandemia.
Dr. Paulo Isan Júnior, falou da importância de enxergar o ser humano que está por trás do trabalho desenvolvido no judiciário. O magistrado também falou dos desafios de mapear o resultado da pandemia, ressaltando a importância do monitoramento da saúde mental dos servidores.
O Desembargador, que é membro da Comissão de Saúde do TRT8ª, informou que Tribunal vem trabalhando na prevenção da saúde de seus servidores com a implementação de programa de Check Up. “Os nossos servidores se dirigem a um único local para fazer todos os exames e consultas médicas.”
Mara Weber, parceira do Sindjuf-PA/AP, falou da desumanização que a classe trabalhadora vem sofrendo em decorrência das gestões focadas no resultado. Para ela, isso gera a perda do valor de trabalho, resultando na precarização das contratações e condições de trabalho.
Mara falou que estamos produzindo “trabalho morto”, ele não te traz prazer e há a perda de identidade. “Os tempos de vida privada e de trabalho se misturam. Tu nunca descansa.”, diz ela.
A militante em saúde também fala da competição gerada por esse tipo de gestão. “Isso gera violência e inclusive assédio moral.”
Mara também criticou as instituições por não considerarem as diferenças de cada ser humano, já que na divisão do trabalho não há estudos para dimensionar cargas de trabalho suportáveis de cada pessoa.
Ao falar sobre trabalho decente, ela destacou que ele deve estar acompanhado de: salário digno; fim de diferenças salariais e acesso a espaços de poder e decisão com equidade.
Veja a apresentação de Mara Weber:
Veja as fotos do debate: