Pandemia de Covid-19 fez aumentar o número de pessoas afetadas. Sintomas de depressão, ansiedade e estresse devem ser observados e tratados
O objetivo principal da campanha surgida em 2014, é chamar atenção para um problema que afeta grande parte da população mundial. A saúde mental. Neste ano em que o País ainda vive a pandemia do Novo coronavírus, a necessidade de discutir o tema se tornou ainda mais importante.
Com o lema “Todo Cuidado Conta”, a oitava edição da “Campanha Janeiro Branco”, busca promover um pacto pela saúde mental em meio à pandemia da covid-19. O isolamento social trouxe desemprego, insegurança econômica e favoreceu a desigualdade social. O cenário desencadeou um aumento significativo de problemas de saúde mental nas pessoas no mundo inteiro. Voluntários de todo Brasil se engajam durante o mês para disseminar informações e dados sobre o tema.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), atestam que o Brasil ocupa o segundo lugar com o maior número de pessoas depressivas ou com algum tipo de transtorno mental, perdendo apenas para os Estados Unidos. É do Brasil também a primeira colocação em pessoas diagnosticadas mundialmente com ansiedade, representando 9,3% da população mundial. A ansiedade somada com a depressão prejudica a saúde mental e o funcionamento do corpo.
A campanha Janeiro Branco, incentiva o debate como mecanismo de esclarecimentos sobre os sintomas e as formas de tratamento. Estudo da Agência Nacional de Saúde (ANS) revela que a saúde mental provoca reflexos também na economia. Afetados por doenças como depressão e ansiedade, trabalhadores pedem afastamento laboral. Em muitas das vezes, as pessoas são classificadas como incapazes, o que pode acentuar as crises e trazer piora nos distúrbios.
Quaisquer sintomas que afetam a saúde vão além do corpo e prejudicam a vida pessoal e profissional. No ambiente de trabalho estão os maiores índices de problemas de saúde mental, influenciando também nas taxas crescentes de suicídio no Brasil. A campanha tem um papel fundamental de discussão e combate ao sofrimento psíquico e ao adoecimento emocional vivido por essas pessoas.
Os problemas com a saúde mental já são considerados a nova pandemia. A ansiedade, o estresse e a depressão passaram a ser vistas em pessoas próximas e que precisam de ajuda. Elas podem estar ao nosso lado – seja um vizinho, colega de trabalho, parente ou alguém que faz parte em alguma de nossas redes sociais. É importante identificar os sintomas para saber lidar e procurar ajuda.
O janeiro Branco mostra a importância da construção de uma cultura da saúde mental para toda a humanidade e que deve ser cultuada todos os meses do ano.
Origem
O janeiro Branco é uma campanha brasileira iniciada em 2014 que busca chamar a atenção para o tema da saúde mental na vida das pessoas. O mês de janeiro foi escolhido porque é neste mês que os indivíduos estão mais focados em resoluções e metas para o ano e quando estamos propensos a planejar o futuro, vendo a vida como uma página em branco. A campanha foi idealizada e criada pelo psicólogo Leonardo Abrahão e outros psicólogos de Uberlândia (Minas Gerais) e busca conscientizar sobre a doença e incentivar as pessoas a mudarem suas vidas e buscarem o que as deixam felizes.
Atenção para os sintomas
- Depressão
- Presença constante de pensamentos negativos;
- Sentimento de culpa;
- Sensação de inutilidade;
- Baixa autoestima;
- Tristeza;
- Diminuição do prazer e do ânimo para atividades cotidianas.
- Choro constante
- Pensamentos suicidas
- Ansiedade
- Preocupações, tensões ou medos exagerados, sem a capacidade de relaxar;
- Sensação contínua de que algo ruim vai acontecer;
- Medo extremo de algum objeto ou situação;
- Medo exagerado de ser humilhado publicamente;
- Falta de controle sobre os pensamentos ou atitudes;
- Pavor depois de uma situação muito difícil.
- Estresse
- Dores (dores de cabeça; dores de estômago ou gastrite, dor no peito)
- Diarreia ou constipação.
- Baixa imunidade (frequentes resfriados, infecções)
- Náuseas, tonturas.
- Perda de libido.
- Sudorese excessiva.
- Problemas dermatológicos.
Joana Darc Melo, da Fenajufe
Arte: (Reprodução DM.COM.BR)
Fonte: Fenajufe