Fonte: CUT
A média anual da taxa de desemprego em 2024 ficou em 6,6%, o menor índice desde 2012, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostragem a Domicílio (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBHE), divulgada nesta sexta-feira (31).
O resultado representou um recuo de 1,2 % frente à média de 2023 (7,8%). No confronto contra 2019 (11,8%), o recuo é de 5,2%. Frente a 2012, quando a taxa média foi de 7,4%, o recuo foi de 0,8 %.
No último trimestre de 2024 o índice ficou em em 6,2%, estatisticamente estável em relação ao terceiro trimestre do ano (6,4%) e inferior ao observado no último trimestre de 2023 (7,4%).
No ano de 2024, a renda também aumentou. O valor anual do rendimento real habitual foi estimado em R$ 3.225, valor 3,7% maior (R$115) que o estimado para 2023. Frente a 2012, houve um aumento de 10,1%.
O valor anual da massa de rendimento real habitual chegou a R$ 328,6 bilhões, o maior da série, com alta de 6,5% (mais R$ 20,1 bilhões) em relação a 2023. De 2012 a 2024, essa massa de rendimentos cresceu 29,4%.
Ocupados e desocupados
A população desocupada no ano totalizou 7,4 milhões de pessoas em 2024, com queda de 1,1 milhões (-13,2%) frente a 2023.
A população ocupada chegou a 103,3 milhões de pessoas em 2024, batendo o recorde da série histórica, iniciada em 2012, ficando 2,6% acima de 2023. Frente à média de 2012 (89,7 milhões de pessoas), houve aumento de 15,2%.
Em 2024 o nível da ocupação (percentual ocupados na população em idade de trabalhar) foi estimado em 58,6% sendo 1 % a mais que em 2023 (57,6%). Foi o maior nível de ocupação da série histórica, que antes havia sido registrado em 2013 (58,3%).
A estimativa anual da taxa composta de subutilização foi estimada em 16,2%, redução de 1,8 %. em relação a 2023, quando a taxa era estimada em 18,0%. Esse indicador foi de 24,4% em 2019, 15,9% em 2014 e 18,7% em 2012.
A estimativa anual da população subutilizada (19,0 milhões de pessoas em 2024) recuou 8,9% frente a 2023. Apesar da redução, esse contingente está 15,4% acima do menor nível da série, atingido em 2014 (16,5 milhões de pessoas).
A estimativa anual do contingente de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas, estimado em 5,1 milhões de pessoas, recuou 6,0% frente ao ano anterior.
Em 2024, a estimativa anual da população desalentada diminuiu 11,2% ante 2023, alcançando 3,3 milhões de pessoas. A maior estimativa para essa população ocorreu em 2021 (5,6 milhões) e a menor, em 2014 (1,6 milhão de desalentados).
O número de empregados com carteira de trabalho aumentou em 2,7% e chegou a 38,7 milhões de pessoas, a média mais alta da série iniciada em 2012.
Já a estimativa anual de empregados sem carteira assinada no setor privado mostrou aumento de 6,0% em 2024 e foi para 14,2 milhões de pessoas. Em relação a 2014, quando a estimativa havia sido de 10,8 milhões de pessoas, o aumento foi de 31,1%.
O número de trabalhadores por conta própria totalizou 26,0 milhões em 2024, alta de 1,9% no ano. Frente a 2012, início da série, quando esse contingente foi o menor da série (20,1 milhões), houve alta de 29,5%.
Em 2024, o número de trabalhadores domésticos caiu 1,5%, alcançando 6,0 milhões de pessoas.
A taxa anual de informalidade passou de 39,2% em 2023 para 39,0% em 2024.
A pesquisa completa você pode acessar aqui
*Foto:Roberto Parizotti (Sapão)