Proposta acaba com os serviços públicos do Brasil, que podem ser privatizados, e abre espaço para corrupção. Pressione seu deputado, peça a ele para votar contra. Veja como
Após pressão da CUT, demais centrais e de diversas entidades contra a destruição dos serviços públicos, e ataques aos direitos dos servidores, e com medo de ser derrotado, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) adiou para esta terça-feira (21) a análise e votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, da reforma Administrativa, encaminhada pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL).
► Vídeo explica como a PEC 32 acaba com os serviços públicos
Servidores públicos municipais, estaduais e federais aumentaram a pressão nos aeroportos de capitais, como Sergipe, na Câmara e em suas cidades explicando para a população que essa reforma privatiza o serviço público e abre espaço para a corrupção e exigindo que os deputados votem contra a PEC 32.
Na parte da manhã, parlamentares que chegaram ao Aeroporto, em Brasília, também foram recepcionados pelos servidores e dirigentes sindicais, que pressionaram as deputadas e os deputados a votarem contra o projeto bolsonarista. A partir das 14h, em frente ao Anexo II da Câmara dos Deputados, tem ato dos servidores.
Enquanto isso, do lado de dentro da Câmara, parlamentares debatem as discordâncias com o texto do relator, deputado Arthur Maia (DEM-BA), e a comissão especial da PEC deve adiar mais uma vez a votação do texto. Os líderes definiram em reunião realizada na tarde desta segunda-feira (20) que hoje voltam a se reunir para, junto com o relator e o presidente da Câmara, tentar avançar nos pontos sobre os quais ainda não há acordo.
Inicialmente, a votação do texto estava marcada para começar às 10h desta terça. Na última sexta-feira (18), o relator apresentou aos membros da comissão mais uma proposta de substitutivo. Porém, a versão segue sendo discutida e não chegou a ser protocolada oficialmente. Entre as indefinições está a inclusão ou não dos membros do Judiciário na PEC.
O deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), presidente da Frente Parlamentar Mista da Reforma Administrativa, reiterou a defesa da inclusão dos magistrados na reforma e ainda da inclusão dos atuais servidores nas vedações estabelecidas no texto.
Mesmo sem estar “100%” de acordo com o texto, Mitraud avaliou que seria possível já votar a proposta e fazer eventuais mudanças por meio dos destaques, como pontos relacionados às polícias.
Pressione o Congresso contra a PEC 32
Você também pode lutar contra essa reforma sem sair de casa. Acesse o site Na Pressão e mande seu recado para os deputados. É rápido e você pode pressionar os parlamentares de qualquer lugar pelo WhatsApp, e-mail ou telefone. Diga NÃO à reforma Administrativa. Diga não à PEC nº 32.
Com informações CUT-DF e Congresso em Foco
Foto/Crédito: Ana Luiza Vaccarin/MGiora