quinta-feira, 25 abril, 2024
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Pelo fim da violência contra a mulher em todos os ambientes

O Atlas da violência 2021 publicado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra que em 2019, 3.737 mulheres foram assassinadas no Brasil. Entre as vítimas estão mulheres que foram mortas em razão de sua condição de gênero feminino, quando há menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Mulheres negras

As informações também revelam que a taxa de homicídios de mulheres negras, é maior, sendo 66%. Em comparação aos dados de 2009, o número de mulheres negras vítimas de homicídios subiu de 2.419 vítimas em 2009, para 2.468 em 2019.

Apesar da pesquisa revelar que 33,3% do total de homicídios de mulheres registrados em 2019 (1.246) ter ocorrido dentro de casa, a violência contra a mulher não está apenas no ambiente privado, ela também está presente nos espaços de trabalho e na política.

Violência contra a mulher na política

A violência acontece quando há desrespeito aos direitos da mulher, sua integridade física, psicológica e moral.

No exercício dos direitos políticos e durante os processos eleitorais muitas mulheres sofrem violência, pois passam a ocupar um espaço hostil à condição de mulher e constituído historicamente por homens.

É nesse espaço que as mulheres são desencorajadas a participar da vida política e sofrem diversos tipos de violência, entre elas moral e sexual.

Caracterização da violência

Segundo a publicação “Violência política contra as mulheres: roteiro para prevenir, monitorar, punir e erradicar”, em colaboração com a ONU Mulher, os atos violentos na política se caracterizam por “humilhação e/ou piadas sexualizadas, insultos, ridicularização de sua aparência, comentários sobre sua vida privada, desqualificação de sua imagem, isolamento.”

E se tudo isso, não fosse o suficiente, as mulheres ainda “são obrigadas a renunciar quando eleitas ou quando a lista é registrada, são excluídas ou constantemente interrompidas nos debates legislativos – assim como em outras esferas -, não recebem dotações orçamentárias suficientes para suas campanhas eleitorais, lhes é negada a informação necessária para o exercício adequado de seu cargo, lhes é negado acesso à mídia – que tem cobertura desigual em termos de gênero -, não são convidadas para as principais reuniões decisórias e se distorce o conceito de alternância como um exercício compartilhado do cargo.”

A violência contra a mulher tem seus ciclos, passa pelas ameaças, até ao triste desfecho de assassinato, a exemplo do assassinato de Marielle Franco, mulher negra, defensora dos direitos humanos no Brasil.

Diante desse inaceitável cenário, pelo direito de as mulheres serem respeitadas e se sentirem seguras em todo o lugar, vamos combater a cultura de violência contra a mulher em todos os ambientes.

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