quarta-feira, 24 abril, 2024
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Recomposição salarial: Paulo Guedes articula para impedir aprovação da proposta no Congresso

Ministro sinaliza que irá usar de manobras para vetar aumento previsto no orçamento 2023

Após aprovação de proposta orçamentária para 2023, que inclui aumento de 18% para membros e servidores do Judiciário, a cúpula Bolsonarista entrou em campo na tentativa de barrar o avanço no Congresso Nacional.

De acordo com informações que passaram a circular na mídia ainda na quarta-feira (10), o ministro da economia, Paulo Guedes, articula para impedir o andamento da proposta. O ministro é conhecido em todo funcionalismo por atacar, desprezar e desvalorizar o conjunto de servidoras e servidores.

Guedes nunca escondeu a indiferença e o desrespeito com que trata o funcionalismo, servidores públicos e classe trabalhadora como um todo. Não fosse a unidade das categorias em 2021 que lutaram contra a reforma administrativa (PEC32/20), o ministro já teria iniciado o processo de destruição do Estado.

A Fenajufe e sindicatos de base, reagiram com indignação. Os servidores estão sem reajuste desde 2016. A última parcela do Plano de Cargos e Salários (PCS) aprovado em 2015, foi paga em 2019.

Ainda conforme a mídia, Guedes pediu reunião extraordinária com o presidente do STF, ministro Luiz Fux, na noite de ontem (10), solicitando “segurar”, o encaminhamento da proposta ao Congresso.

O percentual de 18% não é suficiente para cobrir as perdas salariais da categoria. Somente no governo Bolsonaro, os salários dos servidores já acumulam desvalorização de 25% e até o fim de seu mandato (dezembro de 2022), as perdas chegarão aos 30,65%.

Para o aumento acontecer de fato, é necessário aprovação pela Câmara, Senado e sanção pelo presidente da República. Até lá, há um longo caminho a percorrer, principalmente, considerando ano eleitoral.

Em nota pública divulgada na mesma data, a Fenajufe ressalta que o “índice de 18 %, diluído em parcelas ao longo dos próximos 2 anos, não recompõe as perdas inflacionárias acumuladas no Governo Bolsonaro e que diante de “imensas perdas inflacionárias pelas quais vêm passando os servidores públicos federais nos últimos anos seguirá lutando pela reposição integral das perdas inflacionárias da categoria”. 

Caso a proposta seja aprovada pelos parlamentares e sancionada pelo presidente da República, a recomposição será concedida da seguinte forma: duas parcelas em 2023, sendo 5% em abril e 4,25 em agosto e mais duas parcelas em 2024, sendo 4,25% em janeiro e 4,5% em julho.

Joana Darc Melo

Foto/Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil (FOTOS PÚBLICAS) – imagem licenciável

Fonte: https://www.fenajufe.org.br/noticias/noticias-da-fenajufe/9152-recomposicao-salarial-paulo-guedes-articula-para-impedir-aprovacao-da-proposta-no-congresso

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