quinta-feira, 2 maio, 2024
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Representante do Sindjuf-PA/AP analisa impacto e relevância da Marcha das Margaridas 2023

À medida que agosto chega ao seu encerramento, um mês dedicado à conscientização e combate à violência contra as mulheres, o Sindjuf-PA/AP faz um balanço da Marcha das Margaridas, reconhecida como a maior mobilização feminina da América Latina. Neste contexto, apresentamos a análise de uma das representantes do Sindicato, Maria da Conceição Lima da Mota (TRE-PA / Aposentada). Leia a análise da companheira:

Eu Margarida

Tu Margarida

Ela Margarida

Todas, todes, todos Margaridas

Nos 15 e 16 de agosto de 2023 participei da 7° edição da Marcha das Margaridas. A marcha é em homenagem à MARGARIDA ALVES e também para reivindicar os direitos das Mulheres do campo, das águas, das florestas e das cidades. Acontece de 4 em 4 anos e teve sua primeira edição no ano 2000.

Margarida Alves foi vítima do latifúndio brasileiro. Morreu assassinada com tiros, em frente à sua casa, na presença de seu marido e filho, no dia 12 de agosto de 1983, no município de Alagoa Grande, no Estado da Paraíba.

Margarida era trabalhadora rural e foi eleita a primeira mulher presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande. Desde então, sua luta se tornou inspiração para milhares de mulheres trabalhadoras no Brasil.

Foi minha primeira vez na Marcha e superou todas as minhas expectativas. Durante o evento, me senti envolvida por uma onda de energias e vibrações indescritíveis. Vivi dois dias intensos de luta, de troca de experiências, vivências, de amor, de solidariedade e me ajudou a entender, na prática, o significado da palavra SORORIDADE.

Sororidade vem do latim, soror, que significa irmã. É um substantivo feminino que ressalta a empatia, solidariedade e acolhimento entre mulheres.

Por isso, preciso extravasar toda minha alegria e minha gratidão a todas aquelas MULHERES decididas, marchando firmes, com brilho nos olhos, força nas pernas e amor no coração. Quero destacar, em especial, as minhas companheiras do SINDJUF-PA/AP, Daise do Socorro Sanches Santos (TRE-AP), Ana Bela Barbosa de Oliveira (TRE-AP), Maria de Belém Ferreira Cavalcante (TRT8), Maria Elizabeth dos Santos (TRT8 / Aposentada) e Mônica Genú Soares (JF-PA). Agradeço também ao nosso querido e aguerrido Sindicato dos Trabalhadores e trabalhadoras do Poder Judiciário Federal do Pará e Amapá e à FENAJUFE pela oportunidade de participar desse grandioso evento, que é a maior manifestação política de Mulheres da América Latina.

Agradeço, ainda, ao meu marido, Guilherme Mota, que me acompanhou e viveu essa experiência única comigo, dando um importante apoio às Margaridas do SINDJUF-PA/PA, registrando em fotos e vídeos os melhores momentos da Marcha.

Este ano, da 7ª edição da Marcha, faz 40 anos que o latifúndio brasileiro matou Margarida Alves, achando que iria dar um fim à luta pelos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras do campo. Mas, como disse o Presidente Lula em seu discurso no encerramento da marcha, “podem matar 1, 2, 3 flores, mas jamais conseguirão deter a chegada da primavera”. E a primavera chegou em Brasília, nos dias 15 e 16 de agosto de 2023, eram as Margaridas do campo, das florestas, das águas e das cidades, florindo a capital federal, lutando pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem-viver.

Éramos mais de 100 mil mulheres de todos os estados brasileiros e de outros países, fortalecendo a luta dessa Mulher, nordestina, agricultora, sindicalista, heroína do Brasil que em um famoso discurso, no dia 01/05/1983, proferiu uma de suas frases mais marcantes: “Da luta eu não fujo. É melhor morrer na luta do que morrer de fome”.

Por fim, peço a Deus que me permita participar e viver novamente essa linda e inesquecível experiência em 2027!

MARGARIDA ALVES! PRESENTE!

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