domingo, 5 maio, 2024
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Sindicalizada do Sindjuf-PA/AP destaca importância da Marcha das Margaridas e suas raízes nordestinas e campesinas

Trabalhadoras do campo, das águas, das florestas e das cidades unem-se em Brasília para lutar por direitos e reconstrução do país

A expectativa para a Marcha das Margaridas deste ano é grande, tanto para as participantes experientes quanto para as estreantes. Maria da Conceição Lima da Mota, conhecida como Ciça e sindicalizada do Sindjuf-PA/AP, nutre uma grande expectativa para estar com as trabalhadoras de todo o país em Brasília. A Marcha, que ocorre a cada quatro anos, é um evento emblemático que reúne milhares de mulheres em uma luta coletiva por direitos, igualdade e reconstrução do país.

Ciça, que participará como “Margarida do Sindjuf-PA/AP” pela primeira vez, expressa sua expectativa para o evento que já ouviu falar há algum tempo. “É a primeira vez que participo, mas desde que tomei conhecimento da realização da Marcha, procurei saber do que se tratava. Lembro que em alguns eventos do Sindjuf-PA/AP e da FENAJUFE, a marcha das mulheres campesinas era mencionada. Foi quando passei a perceber a importância da luta coletiva das trabalhadoras do campo.”

A importância da Marcha das Margaridas para Ciça está diretamente ligada à sua origem nordestina e campesina. “Outro fator que despertou minha curiosidade foi minha origem nordestina. Venho de uma família de agricultores do interior do estado do Piauí. Meus avós paternos e meu pai eram agricultores. Considerando os costumes e a cultura conservadora da época, digo que minha avó era uma mulher à frente do seu tempo. Mesmo tendo nascido na segunda década do século passado, em 1911, período em que as mulheres eram ‘educadas’ para serem ‘belas, recatadas e do lar’, minha avó tomava suas próprias decisões, pescava, ia para a roça, montava a cavalo e era muito bela. Até hoje ela é, para mim, um grande exemplo de mulher resolvida, corajosa e muito trabalhadora.”

A Marcha das Margaridas é uma manifestação de solidariedade e resistência feminina em busca de um futuro melhor, onde todas as mulheres possam viver com dignidade, igualdade e liberdade. Para Ciça, é uma grande satisfação representar as mulheres do Judiciário Federal neste evento. “É com imensa alegria que vejo nossa entidade sindical e nossa federação se juntarem a essa importante luta que foi criada para homenagear Margarida Maria Alves, uma mulher corajosa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, assassinada em 12/08/1983, a mando de latifundiários da região. As expectativas com relação à minha participação na marcha deste ano são as melhores possíveis. Estou ansiosa para me ver no meio daquela multidão de MULHERES que, assim como eu e as demais companheiras, fazem com muita coragem e amor a luta coletiva por políticas públicas que garantam os direitos das mulheres do campo, das águas, das florestas, dos quilombolas e das cidades do nosso país.”

O lema deste ano para a Marcha é “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”, e Ciça destaca sua importância. “A importância da Marcha das Margaridas está muito clara no lema deste ano: ‘Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver’. É com essa certeza que iremos lutar juntas para reconstruir nosso país com garantia de direitos, justiça social, amor, verdade, democracia e um mundo melhor para todas, todos e todes. Como Margarida do Sindjuf-PA/AP, é com muito orgulho que irei participar da Marcha 2023, em Brasília, representando as mulheres da nossa categoria de trabalhadoras do Poder Judiciário Federal do Pará e Amapá, inspirada na frase de Margarida Alves: ‘é melhor morrer na luta do que morrer de fome’.”

A Marcha das Margaridas acontecerá nos dias 15 e 16 de agosto, em Brasília, e contará com delegações de todo o Brasil e de outros países.

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