Desembargador Antonio Cedenho concedeu efeito suspensivo, válido até julgamento pelo Conselho do Tribunal

O vice-presidente do TRF-3, desembargador Antonio Cedenho, relator do recurso contra a demissão da oficiala de justiça e diretora do Sindicato Beatriz Massariol, concedeu efeito suspensivo da decisão da presidente do Regional, nesta quinta-feira, 11 de agosto.

O efeito suspensivo vale até o julgamento do mérito do recurso pelo Conselho do TRF-3 e possibilita que Beatriz retome o exercício do cargo.

Cedenho recebeu advogados e diretores do Sintrajud na última segunda-feira, logo após ser designado como relator do recurso interposto pelo Sindicato.

Desde que a presidente do TRF-3, desembargadora Marisa Santos, contrariou o parecer da comissão processante e demitiu Beatriz, no dia 18 do mês passado, os servidores iniciaram uma intensa campanha pela reintegração imediata da oficiala.

A mobilização envolveu abaixo-assinados, moções de repúdio assinadas por mais de uma centena de entidades de todo o Brasil e até do exterior, atos de protesto em frente ao Tribunal e manifestações nas redes sociais.

Nesta quinta-feira, foram colhidas assinaturas para um manifesto contra a demissão de Beatriz em meio ao ato em defesa da democracia na Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco.

Entre as personalidades públicas que já assinaram o manifesto estão o comentarista esportivo Walter Casagrande subscreveram o manifesto em apoio a Beatriz. Além de Casagrande, diversos advogados, juristas e parlamentares também assinaram o manifesto em apoio à servidora. Entre eles: Bruna Chamas Biondi, vereadora em São Caetano (PSOL); Cesar Canto, advogado; Erika Hilton, vereadora em São Paulo (PSOL),  Guilherme Boulos, professor; Ivan Valente, deputado federal (PSOL); Jorge Luiz Souto Maior, professor e jurista; Luana Alves, vereadora em São Paulo (PSOL); Luiza Erundina, deputada federal (PSOL); Mariana Conti, vereadora em Campinas (PSOL); Orlando Silva, deputado federal (PCdoB); Paula Nunes, covereadora em São Paulo (PSOL) e Sâmia Bomfim, deputada federal (PSOL).

A campanha prossegue, assim como a atuação jurídica do Sindicato para reintegrar definitivamente Beatriz ao quadro do TRF-3. A denúncia e luta contra o assédio moral no Judiciário também seguem.