sábado, 27 julho, 2024
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Vindos de todo o país, Servidoras e Servidores Públicos pressionam em Brasília contra a reforma administrativa

Atividades da Semana Nacional de Mobilização tomaram conta da Esplanada dos Ministérios e do Anexo II da Câmara

O primeiro dia de discussões do relatório apresentado por Arthur Maia (DEM/BA), da PEC 32/20 – a reforma administrativa – terminou com pesadas críticas tanto ao texto original quanto ao substitutivo e com a promessa do relator de nova proposta de parecer a ser apresentada nesta quarta-feira, 15.

A dificuldade do relator em justificar uma emenda constitucional péssima para o grosso da população e que ainda, de quebra, privatiza e passa a cobrar serviços que hoje são custeados pelo estado, ficou evidente. A PEC 32 incomoda também, a base de Guedes e Bolsonaro na Câmara.

Enquanto na Comissão Especial os debates aconteciam, na Esplanada em Brasília servidores(as) e entidades denunciavam os catastróficos efeitos da reforma para o conjunto da sociedade. Pela Fenajufe, presença dos coordenadores Engelberg Belém, Evilásio Dantas, Fabiano dos Santos, Fernando Freitas, Isaac Lima, Luis Cláudio Correia, Ramiro López, Roberto Policarpo e Thiago Duarte. Dos estados, presença também das delegações de Minas Gerais (Sitraemg/MG), Rio Grande do Norte (Sintrajurn/RN), Mato Grosso (Sindijufe/MT), São Paulo (Sintrajud/SP e Sindiquinze/15ª), Rio de Janeiro (Sisejufe/RJ), Rio Grande do Sul (Sintrajufe/RS), Bahia (Sindjufe/BA), Pernambuco (Sintrajuf/PE), Ceará (Sintrajufe/CE, Sindissétima/CE e Sinje/CE), Paraíba (Sindjuf/PB), Goiás (Sinjufego) e Amazonas (Sitra/AM). Mais dirigentes e sindicatos reforçam as atividades nesta quarta-feira, 15.

Verdade incômoda para o governo, do mais pobre até ao mais rico, todos serão impactados negativamente pela PEC 32/20. Seja na perda de acesso direto a serviços como saúde e educação; seja na perda da segurança alimentar e integridade do estado, garantida via atuação direta de órgãos públicos. Todos perdem. E o parecer do relator não conseguiu esconder essa faceta da proposta da reforma.

Some-se a isso o resultado do trabalho metódico da oposição na Comissão Especial – e aí justiça seja feita justiça às frentes Parlamentar Mista do Serviço Público e Servir Brasil – com a atuação diuturna das entidades sindicais e associativas dos(as) servidores(as) na pressão sobre o Parlamento, têm-se muito ampliada a chance de derrubada da reforma, anda na Câmara dos Deputados. Mas é preciso mais pressão.

Pressão como a desta terça-feira, iniciada já nas primeiras horas do dia nos aeroportos do país, onde o “bota-fora” acontecia, e no aeroporto de Brasília, onde uma calorosa recepção os aguardava. E lá estava a Fenajufe e os sindicatos filiados, deixando claro a todos e todas, que a reforma administrativa de Guedes, Bolsonaro e Arthur Lira, não presta.

A pressão continuou com a marcha na Esplanada dos Ministérios rumo ao Anexo II da Câmara, onde aconteceu o ato contra a PEC 32/20. Nas falas de dirigentes e deputados(as), os reais objetivos da PEC 32/20: entregar o estado brasileiro, ao controle da iniciativa privada.

Novo relatório

O debate da PEC 32 continua nesta quarta-feira. Com sessão convocada para as 9 horas, a expectativa é pelas mudanças que o relator fará no relatório. Também as 9 horas acontece reunião de servidores(as) no Espaço do Servidor (Esplanada dos Ministérios, entre os Blocos C e D), para avaliação das atividades da terça-feira e organização do dia de pressão.

Pressão

A “pancada” sobre o Parlamento foi sentida. Com a mobilização das servidoras e servidores públicos na Esplanada e nas redes sociais, deputados governistas querem garantia de aprovação da reforma administrativa também pelo Senado. O temor é que a Câmara se desgaste ao aprovar a impopular medida para agradar setores muito específicos da política e do mercado, e o Senado rejeite a PEC, deixando o ônus aos deputados(as), à véspera de um ano eleitoral.

Outra informação que aponta a fragilidade no apoio à PEC 32 veio do jornal Valor Econômico que publicou nota ontem, 14/9, sobre a escalada de Arthur Maia por votos da bancada da bala para aprovação da reforma, sem os quais, segundo confidenciou, a proposta não passa.

Posto o cenário, a orientação é para intensificar a pressão nas bases eleitorais dos parlamentares – deputados(as) e senadores(as)  – com o máximo de mobilização que desperte o interesse, principalmente, dos susuários dos serviços públicos. Panfletagens em estações de transporte público, postos de vacinação e marcação corpo-a-corpo de políticos em eeventos públicos, além das tradicionais campanhas audiovisuais publicitárias devem ser intensificadas.


► Mais fotos da mobilização em Brasília podem ser vista no Facebook da Fenajufe, AQUI.


Luciano Beregeno, da Fenajufe

Fotos/Crédito: Joana Darc Melo, da Fenajufe

Fonte: https://www.fenajufe.org.br/noticias/noticias-da-fenajufe/reforma-administrativa/8128-vindos-de-todo-o-pais-servidoras-e-servidores-publicos-pressionam-em-brasilia-contra-a-reforma-administrativa

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