Entidades aprovam reinstalação da Frente e se comprometem a manter apoio para viabilizar as lutas das categorias
As entidades que compõem a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, entre elas a Fenajufe, estiveram reunidas nesta nesta segunda-feira (27).O evento virtual ocorreu após uma pausa de três meses dos debates.
As coordenadoras Paula Meniconi, Márcia Pissurno além dos coordenadores, Fabiano dos Santos e Thiago Duarte, participaram pela Federação. A retomada dos debates semanais teve como pauta principal a manutenção e o fortalecimento da organização instalada no ano de 2007 em defesa do funcionalismo.
Da base, registramos a presença dos sindicatos Sindjufe/MS, Sindiquinze/SP, Sitraemg/MG e Sintrajud/SP.
Patrícia Coimbra, assessora política da Frente Parlamentar expôs a necessidade de reinstalação, organização e funcionamento da Frente para o ano de 2023, ao mesmo tempo em que apresentou as dificuldades em continuar com o trabalho de luta na defesa dos serviços e servidores públicos sem o apoio financeiro das entidades.
Outro ponto colocado pela assessora foi a possibilidade de junção à outra Frente (Servir- Brasil), criada em 2019 com o mesmo nome e proposta, ao que os participantes foram decididamente contrários.
O coordenador Thiago Duarte ressaltou a importância da manutenção do fórum como “espaço catalisador de debates das categorias do funcionalismo” e lembrou que a atuação conjunta construída com a Frente e entidades do serviço público foi determinante para barrar a tramitação da reforma Administrativa (PEC-32/20) em 2022.
Para reinstalar a Frente é preciso coletar novas assinaturas com apoio de parlamentares, sendo 171 da Câmada dos deputados e 27 no Senado Federal totalizando 198 nomes. Nesse sentido, é importante as entidades buscarem apoio dos parlamentares em seus estados de origem.
Além disso, o apoio financeiro é fundamental para a continuidade dos trabalhos de atuação da Frente. Foi reforçada a importância de as entidades firmarem compromisso em contribuir mensalmente com um valor (a ser definido) para a retomada das lutas em 2023, que são muitas.
Encaminhamentos
As entidades presentes foram unânimes pela opção de manter o apoio necessário para que a Frente possa continuar atuação e o fortalecimento da unidade entre as categorias visando a defesa dos direitos das servidoras e servidores e públicos.
Uma planilha com orçamentos dos gastos financeiros anuais para manter a Frente Parlamentar do Serviço Público será apresentada no próximo encontro.
Com a retomada dos debates, nova reunião ficou agendada para a próxima segunda-feira (02 de abril), no mesmo horário.
Joana Darc Melo
Na teoria parece muito importante a continuidade dos debates relativos aos interesses das categorias de servidores públicos entretanto, na prática parece ter algumas dificuldades de concordância no avanço do fortalecimento da luta. Torna-se mais importante ainda entender que quanto maior a união, maior a força, maior a pressão na busca dos interesses pertinentes referentes à servidores públicos, os maiores interessados. Um maior ajuntamento de servidores públicos numa só célula, obviamente facilita até mesmo o financiamento dos movimentos necessários ao desempenho na busca do objetivo comum. Por outro lado, enquanto os servidores estiverem sendo assessorados por políticos partidários, o avanço será lento, quase parando. Enquanto líderes sindicais estiverem comprometidos com políticos partidários vamos continuar tendo retrocessos ou freios disfarçados de assessoramentos. Diante da ATUAL conjuntura, A unidade sindical nacional através de uma federação nacional de sindicatos, com uma cadeira no congresso com direito a voz e voto, é uma necessidade para consolidar o fortalecimento da luta na defesa dos interesses dos servidores públicos e trabalhadores em geral. Esse fortalecimento certamente dará oxigênio na defesa dos serviços públicos em geral, se realmente estamos interessados na melhoria não só dos nossos salários e direitos, mas também de deveres e obrigações.