Gerar uma vida é um ato de coragem e amor, mas não é uma jornada isenta de desafios, especialmente para aquelas que também buscam manter sua carreira profissional. Este é o caso de Cristiane Dias Queiroz, Técnico Judiciário da Seção Judiciária Federal do Pará, que aos 44 anos realiza seu sonho da maternidade após conquistar estabilidade financeira e profissional.
Cristiane compartilha sua experiência enfrentando um dilema comum a muitas mulheres: o equilíbrio entre ser mãe e uma profissional bem sucedida. Ela enfatiza que a decisão de se tornar mãe veio após uma cuidadosa reflexão sobre sua estabilidade financeira, suas experiências de vida e após encontrar um companheiro comprometido com a paternidade.
Tempo, um fator decisivo
Para muitas mulheres, a questão do tempo se torna um fator crucial. Cristiane ressalta a pressão biológica enfrentada por muitas, mas encoraja-as a refletirem sobre suas prioridades.
“Para as mulheres que pensam em ser mães, mas estão focadas na carreira, o conselho que dou é pensar no que é mais importante para sua vida e no caso de ter que escolher entre carreira e maternidade a ausência de qual delas não seria uma frustração. No meu caso foquei na minha carreira, pois me realizaria com a maternidade por meio da adoção se não fosse possível gestar.”
Os desafios da gestação
A realidade de ser mãe e profissional traz consigo desafios únicos, especialmente quando precisam se submeter a atividades não adaptadas às necessidades de uma mulher grávida. Cristiane destaca algumas dessas dificuldades.
“Ser mãe é uma decisão desafiadora. Ser mãe e profissional é um desafio maior ainda, pois se manter no mercado de trabalho numa sociedade machista não é fácil, temos que nos desdobrar para conseguir dar conta do que nos é delegado apesar do nosso corpo está canalizando energia produzindo um ser humano, pois “gravidez não é doença” apesar dos enjoos, das dores no corpo, do inchaço, da azia, da mobilidade restrita.”
Avanços nas condições de trabalho
“Para nós, servidoras públicas, o regime de teletrabalho especial para mulher grávida e lactante vem como uma medida de manter a mulher produzindo e em condições mais justas de trabalho, pois permite a mulher grávida adequar sua rotina de trabalho, as indisposições naturais do período gestacional e as consultas e exames médicos rotineiros. Espero que cada vez mais o judiciário busque medidas que propiciem a mulher condições de serem mães e profissionais. Espero que mais mulheres tenham essa oportunidade. Desejo um feliz dia das mães a todas mães. Que vivam esse dia repleto de amor.”, expressa Cristiane.