quinta-feira, 25 abril, 2024
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Primeiro universidades, depois cortes na saúde: governo Bolsonaro determina novo bloqueio de R$ 1,6 bilhão

Faltando um mês para o fim de seu governo, Jair Bolsonaro (PL) não desistiu de deixar o país em frangalhos após 31 de dezembro. Um novo bloqueio de gastos deve deixar ainda mais apertado o já desmontado orçamento da saúde: R$ 1,6 bilhão foi congelado em um canetaço.

O bloqueio aconteceu na semana passada, quando outros ministérios também foram atingidos, com o total de R$ 5,7 bilhões que não poderão mais ser usados agora. Na sexta-feira, 25, conforme reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o ministério da Economia avisou a pasta da Saúde que o ministro Marcelo Queiroga deverá informar quais as áreas que serão atingidas. Serão bloqueados mais uma vez recursos de áreas como o Programa Farmácia Popular – que garante medicamentos gratuitos a milhões de brasileiros e brasileiras –, a habilitação de leitos e a compra de remédios e insumos. O argumento do governo é a necessidade de cumprir o teto de gastos.

Outros R$ 2,23 bilhões já haviam sido bloqueados apenas na Saúde. Ações desse tipo vêm atingindo, nos últimos meses, também outras pastas, como os ministérios da Cidadania, da Educação e da Agricultura. Até recursos para levar água potável a regiões do Nordeste foram cortados, o que pode afetar 1,6 milhão de pessoas. As medidas estrangulam a atuação do poder público e prejudicam ou inviabilizam a execução de políticas públicas fundamentais para a garantia de direitos básicos da população.

Nesta semana, diversas entidades ligadas ao Ensino Superior no Brasil denunciaram que o governo realizou novo bloqueio nas contas das universidades e institutos federais. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou nota informando e repudiando os bloqueios. A entidade denuncia que a medida “praticamente inviabiliza as finanças de todas as instituições”.

Nessa terça-feira, 29, o Sintrajufe/RS noticiou , por outro lado, que o governo deve assinar nos próximos dias a compra de novos tanques de guerra para o Exército. O gasto será de R$ 5 bilhões. Os blindados Centauro II são fabricados pelo consórcio Iveco-Oto Melara (CIO), formado pelas montadoras italianas Iveco Veículos de Defesa e Leonardo. A viatura classificada na indústria militar como “caça-tanque” dispõe de tração 8×8 e canhão 120mm de longo alcance. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, seria o modelo com o maior poder de fogo entre as possíveis escolhas.

Foto/Crédito: Marcos Santos/USP Imagens (Licenças Creative Commons)

Fonte: https://sintrajufe.org.br/ultimas-noticias-detalhe/primeiro-universidades-depois-cortes-na-saude-governo-bolsonaro-determina-novo-bloqueio-de-r-16-bilhao/

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