Representantes dos Servidores Públicos Federais receberam com indignação a negativa do Governo em negociar a recomposição salarial. Os salários estão congelados há 5 anos e, por isso, os trabalhadores reivindicam o índice de 19,99% para repor as perdas inflacionárias. A notícia foi dada no dia 1º de abril. Por ironia, no “dia da mentira” foi a primeira vez que o atual Governo falou uma verdade.
A equipe econômica do Governo, alegando indisponibilidade orçamentária, tentou desmobilizar o movimento afirmando que já há negociações em curso com segmentos específicos. O governo afirmou ainda que prevê um aditivo ao Orçamento da União previsto para junho deste ano.
Como 2022 é ano eleitoral, a partir de sábado (2/abr) — faltando seis meses para a eleição — a legislação permite que ajustes lineares sejam feitos, no máximo, para cobrir a inflação dos últimos 12 meses. Por isso, especula-se a possibilidade de o governo conceder um reajuste linear de apenas 5% para todos os servidores públicos federais. O percentual, que nem mesmo repõe a inflação dos últimos 12 meses, começaria a valer a partir de julho.
A entidades sindicais rebatem os argumentos, avaliando que a única saída para os trabalhadores é manter e ampliar a greve por tempo indeterminado.
*Com informações das Entidades Sindicais.
Foto/Crédito: FENAJUFE