A campanha dos 21 Dias de Ativismo pela Eliminação da Violência contra a Mulher, iniciada no dia 20 de novembro chegou ao fim na última terça-feira (10), em meio a um cenário de horror social em relação ao aumento escancarado de feminicídios no Brasil.
Nos últimos dias o país testemunhou, estarrecido, inúmeros casos de violência de gênero que culminaram com mais mortes e elevaram ao índice de mais de mil mulheres mortas em 2025. A marca letal pode ser ainda maior considerando casos de subnotificação. Registros na área da saúde, por exemplo, estimam que cerca de 40% das mortes violentas de mulheres, podem ser feminicídios e não classificados como tal, especialmente nas periferias e áreas rurais.
Os dados são do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e reunidos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), responsáveis pelos registros de casos. Esses índices refletem uma violência profundamente enraizada nas relações de gênero e no contexto doméstico, já que a grande maioria dos feminicídios ocorre dentro de casa.
Especialistas afirmam que o crescimento dos feminicídios reflete falhas estruturais no sistema de proteção, mas, principalmente, a misoginia que alicerça uma sociedade patriarcal. Fatores sociais como desigualdade de gênero, falta de acesso a medidas protetivas e resistência de parte das vítimas em denunciar devido à dependência econômica ou ao medo de retaliação, também são apontados como fatores que resultam nesses números.
Diante do aumento considerável desse tipo de crime, nas últimas semanas organizações, movimentos populares, feministas e sociais realizaram manifestações em diversas cidades e estados em busca de soluções imediatas contra esse avanço assustador e cobrando políticas públicas e urgentes de combate a todas as violências de gênero, com criação de leis punitivas rigorosas e mais severas para esse tipo de crime.
É preciso erradicar essa violação aos direitos humanos. A vida das mulheres está em risco, banalizada. É preciso combater.
A Fenajufe, que hoje tem uma gestão majoritariamente feminina, se alia às mulheres nesta luta.
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