O Sindjuf-PA/AP encerrou sua participação no último final de semana (22 e 23) no Encontro de Saúde da Fenajufe (Consaúde), evento para a discussão sobre a saúde da categoria, realizado com a presença de representantes de diversas entidades sindicais.
Os coordenador Waldson Silva e Ana Bela Barbosa de Oliveira, com as filiadas Conceição Mota (Ciça) e Keyllaf Maria Alves de Miranda marcaram presença no evento de forma presencial. A filiada Alice Romana também contribuiu com as discussões, participando de maneira virtual. A representação do Sindjuf-PA/AP no evento reforça o compromisso do Sindicato com o fortalecimento da luta por melhores condições de saúde para os servidores do Judiciário.
Abertura
O coordenador Ribamar França Silva, integrante da executiva da Fenajufe, participou da mesa de abertura do evento, onde destacou a importância da criação de núcleos de saúde nos tribunais, com foco especial na saúde mental dos servidores. Ribamar comentou sobre a recente audiência com o diretor-geral do TRE-PA, que anunciou a criação de um núcleo de saúde mental, uma iniciativa importante, especialmente considerando o elevado número de servidores doentes, mesmo em tribunais de médio porte. Ele enfatizou que a categoria, que enfrenta um alto índice de adoecimento físico e mental, merece mais atenção dos tribunais, incluindo a criação de núcleos especializados para dar suporte à saúde dos trabalhadores.
“É hora de cobrar mais dos Tribunais para que efetivem núcleos de saúde. O nível de adoecimento da nossa categoria é muito grande, e com o envelhecimento da categoria, surgem adoecimentos físicos e mentais que não podem mais ser ignorados”, afirmou Ribamar.
Ainda durante a abertura, Ribamar falou que após a participação do sindicato no Consaúde, a intenção é juntar forças para criar o próprio núcleo de saúde do Sindicato.
Ainda durante a abertura, os dirigentes da Fenajufe alertaram sobre os impactos dos atos nº 16, 17 e 18 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), que impõem restrições no auxílio-saúde aos servidores da Justiça do Trabalho. Como resposta, a Fenajufe ingressou com um Procedimento de Controle Administrativo (PCA) no CSJT, solicitando liminarmente a suspensão dos efeitos desses atos por 30 dias, até o trânsito em julgado da decisão.
Representantes do Sindjuf-PA/AP participam ativamente do Evento
A participação do Sindjuf-PA/AP foi destacada ao longo do evento, com representantes do sindicato realizando intervenções construtivas e enriquecendo o debate. A sindicalizada Alice Romana, mesmo participando de forma online, também contribuiu com uma intervenção importante, fortalecendo o diálogo e as propostas discutidas.
A sindicalizada Keyllaff Alves de Miranda avaliou a importância do Encontro “o Encontro foi importante e estratégico para organização dos trabalhadores do PJU e MPU para o avanço da atenção à saúde do trabalhador, ao combate do assédio e iniciativa de formação política nesta temática.”
Já o coordenação Waldson Silva também fez sua avaliação sobre o evento “Meus parabéns não só à nossa entidade-mater, Fenajufe, mas, principalmente a todos os participantes, pois enriquecemo-nos mutuamente com os feixes de informações, críticas e, principalmente propostas, todas acolhidas pela organização do nosso rico evento. O não comparecimento, lamentável do membro do CNJ, coordenador do Plano de Carreira, não ofuscou o brilho do nosso encontro. Acho que ele se acovardou ante nossas presenças, tanto físicas quanto virtuais. Vai aqui como sugestão, uma lamentação da Fenajufe, através de ofício, refletindo a frustração da categoria com a ausência da autoridade em questão, ao evento de tamanha importância para os trabalhadores do PJU. Isso, até serviria de uma espécie de “reprimenda” leve à pessoa em questão.”
A filiada Conceição Mota também fez sua avaliação sobre o evento, destacando uma observação de um dos palestrantes: “Lutar contra o assédio moral é como enxugar gelo, mas não podemos desistir”. Para ela, ficou claro nas falas e intervenções que o assédio moral e a violência no trabalho estão sendo usados como ferramentas de gestão. A naturalização dessas práticas tem provocado uma verdadeira epidemia de problemas de saúde mental e, em muitos casos, a total ausência de saúde mental entre os trabalhadores e as trabalhadoras do PJU em todo o Brasil.
Segundo ela, durante o evento, diversos participantes também criticaram as exigências das metas do CNJ, apontando que, na prática, os servidores trabalham até a exaustão para que os gestores possam exibir suas conquistas pessoais, como medalhas ou selos de ouro.
Os temas abordados incluíram saúde física e mental, além disso foi dado ênfase no impacto do assédio moral no bem-estar dos servidores. O psicólogo Arthur Lobato apresentou uma análise sobre a relação entre fatores sociais e as condições de trabalho, apontando os efeitos de uma gestão baseada no estresse, na imposição de metas inatingíveis, e na sensação de fracasso, além do uso do assédio moral como ferramenta de gestão.
Propostas e Encerramento
Ao final do encontro, todas as propostas apresentadas durante os debates foram acolhidas pela mesa organizadora e encaminhadas à Diretoria Executiva da Fenajufe para análise e encaminhamentos. O evento, que se mostrou um marco na luta pela melhoria das condições de saúde dos servidores, encerrou-se com o compromisso de seguir fortalecendo as pautas da saúde no Congresso Nacional dos Trabalhadores do Judiciário (Congrejufe).
Para conferir mais detalhes, confira os links com a programação de abertura, os debates sobre saúde mental, e o encerramento do evento:
– Abertura
– Saúde Mental
– Encerramento
*Escrito por Sindjuf-PA/AP, com informações da Fenajufe