A iniciativa busca resgatar e preservar a memória institucional através de imagens que recontam as ações cartorárias e a logística do trabalho dos servidores durante as eleições no Estado do Pará
Uma história contada em imagens, é assim que a Justiça Eleitoral do Pará está recontando a memória da instituição e o trabalho de seus servidores durante as eleições no Estado.
O resgate de algumas obras pode ser acessado pelos eleitores que visitam a Central de Atendimento ao Eleitor – CAE.
Para o supervisor da CAE, Zilomar de Jesus Pereira, as imagens expõem ao eleitor uma realidade ainda desconhecida pela população. “Elas chamam atenção, tanto do servidor como do público, pois expõem uma realidade diferenciada, que só quem atua na JE conhece. São imagens que demonstram que o nosso Pará tem uma realidade diferenciada, dada a nossa geografia, o que faz com que ao final da Eleição o sentimento seja de mais um dever cumprido.”
O eleitor João Sousa de Melo que foi à CAE em busca de atendimento achou interessante a exposição de imagens. Para ele, o trabalho realizado pela Justiça Eleitoral é importante, principalmente porque realiza as eleições nos mais longínquos lugares. ” O trabalho dos servidores é interessante, me chamou atenção o fato deles levarem para os interiores as urnas, mesmo correndo risco de vários perigos, como de piratas.”, disse o eleitor.
A iniciativa faz parte de uma ação do Plano de Logística Sustentável do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, que tem como lema desenvolver projeto de humanização.
A Ação é uma parceria entre o Núcleo Sócio Ambiental e de Acessibilidade e Inclusão-NSA e o Centro Cultural da Justiça Eleitoral-CCJE, do qual o Sindjuf-PA/AP é parceiro e vem contribuindo com a disseminação de atividades culturais.
A iniciativa funciona como uma exposição por tempo indeterminado. As imagens também podem ser vistas na 78.ª Zona Eleitoral em Marituba.
Humanização de espaços
Além de ser uma forma de prestação de contas das atividades desenvolvidas pela Justiça Eleitoral do Pará ao cidadão que visita os espaços em busca dos serviços eleitorais, a iniciativa visa divulgar e valorizar as ações e a logística de trabalho da instituição, bem como documentar e preservar a memória institucional.
“Ao propor a humanização dos espaços por meio da exposição dessas imagens, busca-se criar vínculos sensoriais e afetivos entre servidores, colaboradores e cidadãos com o ambiente de trabalho e de atendimento, o que fortalece a relação de pertencimento por meio da valorização de seus agentes e usuários.” Declara o Grupo Gestor do CCJE.
Memórias
O servidor Arnaldo Duarte é autor de uma das fotos expostas. A foto registrada por ele foi tirada durante o primeiro turno das eleições de 2018 em um colégio do município de Redenção-PA, sede do cartório da 59.ª Zona Eleitoral.
“Naquela ocasião eu estava trabalhando como suporte local de TI. Portando a minha câmera, certo momento, eu, e a equipe entramos num colégio no qual as salas de aula continham mensagens que me chamaram a atenção, pois tinham conteúdos muito impactantes, profundos, então comecei a registrar as imagens em várias salas e tive a felicidade de fazer esse registro que está exposto na CAE”, reconta Arnaldo.
Segundo ele, a imagem contém algumas sutilezas interessantes “a perspectiva (criada pelas mesas e pelo olhar da mesária) coloca o eleitor e a mensagem (que inspira a importância do voto, seu poder de mudança, e a esperança em dias melhores)”, explica.
Arnaldo que coleciona 24 anos de justiça eleitoral, ressalta a importância de recontar a história das eleições. “Creio que a importância de expor registros como esse consiste em reafirmar o valor da democracia no Brasil, sendo o voto popular o instrumento de mudança para construção de uma sociedade mais justa. Nesse sentido, é indispensável que o agente central dessa mudança, o eleitor, tenha condições de discernir quais candidatos estão alinhados com um futuro melhor para o conjunto da sociedade”.
Outra imagem que também se destaca entre tantas da exposição foi registrada pelo servidor André Luiz dos Santos, que eternizou a imagem de uma idosa realizando a biometria.
“Mesmo sendo facultativo, essa senhora queria votar. Ela me disse que, enquanto Deus desse saúde a ela, ela fazia questão de exercer a sua obrigação de cidadã. O que me chamou a atenção foi a idade dela, a disposição, a alegria, esses foram os motivos que me fizeram imortalizar este momento.”