sexta-feira, 29 março, 2024
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Servidores da Justiça Eleitoral do Pará e Amapá debatem as incertezas e os temores com a realização de eleições em plena pandemia

Na noite dessa terça-feira, 21, o SINDJUF-PA/AP realizou, em ambiente virtual, reunião setorial com os servidores e servidoras da Justiça Eleitoral dos Estados do Pará e Amapá.

As intervenções pontuaram as preocupações e inseguranças que afligem os servidores em virtude dos preparativos para a realização das eleições municipais que foram adiadas de outubro para novembro do corrente ano.

Entre os receios, os riscos sanitários que expõem a vida de servidores, mesários e a população em geral são os mais preocupantes, já que se teme novos surtos da infecção, uma vez que a pandemia ainda não está controlada.

Os servidores que já realizaram outras eleições e que conhecem bem a realidade amazônida falaram das incertezas de executar eleições em plena pandemia, já que a logística para organização e realização do pleito ainda não foi bem elucidada pelas administrações dos tribunais.

Os servidores desabafaram, afirmando que o sentimento é de estarem sendo colocados na linha de frente como os responsáveis pela segurança da população durante o processo eleitoral. Destacaram que as atribuições extrapolam as responsabilidades de seus cargos e lhes imputam sobrecarga de trabalho, sendo que a realidade nas zonas eleitorais é de mão de obra insuficiente e precariedade nos locais de trabalho. Foi relatado, também, a preocupação com o adoecimento e o desfalque na equipe, uma vez que algumas zonas operam com no máximo dois servidores do quadro.

O Sindjuf-PA/AP listou as principais reivindicações destacadas pelos servidores e servidoras:

— Evitar a presença física de representantes dos partidos políticos no cartório eleitoral para entrega do registro de candidatura no prazo final;

— Tirar do servidor a responsabilidade de fiscalização da propaganda eleitoral, já que eles não possuem poder de polícia;

— O Tribunal deve orientar como será feito o transporte de eleitores, considerando as peculiaridades da região amazônica e os protocolos culturais dos povos indígenas e tradicionais;

— O setor de imprensa dos Tribunais deve intensificar a divulgação de informações sobre o sistema pardal, explicando à população que a denúncia sobre propagandas irregulares deve ser feita na sede do Tribunal e não nos cartórios eleitorais.

As reivindicações serão encaminhadas às administrações dos tribunais na esperança de que providências sejam tomadas e que a Justiça Eleitoral garanta condições operacionais seguras e dignas para seu corpo funcional.

Encontro Nacional da Fenajufe

Durante a reunião foram escolhidos os representantes para o ENEJE, Encontro Nacional dos Servidores e Servidoras da Justiça Eleitoral, promovido pela Fenajufe, que acontecerá no próximo dia 25 (sábado).

Para representar a base do Sindjuf-PA/AP foram escolhidos os servidores, José Wilson Fernandes (Chefe do Cartório Eleitoral da 40ª ZE-Tucuruí-PA); Debora da Costa (Chefe do Cartório Eleitoral da 11ª ZE -Serra do Navio-AP) e Daise Santos, servidora do TRE-PA, lotada na sede do Tribunal e coordenadora regional do SINDJUF-PA/AP no estado do Amapá.

O SINDJUF-PA/AP encaminhará ao evento uma carta relatando as dificuldades enfrentada pelos servidores e as principais reivindicações da categoria nos dois estados.

A reunião setorial contou com a presença do coordenador de políticas permanentes da Fenajufe, Edson Moraes Brodowski, que facilitou o debate sobre os temas abordados. O Sindicato também registrou a presença de seu Assessor Parlamentar, Alexandre Marques, que na ocasião prestou informes aos participantes.

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