sábado, 28 junho, 2025
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Plebiscito Popular 2025 mobiliza o país pelo fim da escala 6×1

Por um Brasil mais justo, entidades que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, como a CUT, demais centrais sindicais, partidos políticos, movimentos sociais, entre outros, mobilizam as ruas e as redes sociais em torno do Plebiscito Popular 2025 que vai ouvir a opinião de trabalhadores e trabalhadoras sobre temas centrais para o futuro do país.

A consulta popular vai ouvir milhões de pessoas sobre três questões: redução de jornada de trabalho sem redução de salário, o fim da escala 6×1 e a isenção de pagamento de imposto de renda (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil por mês, além do aumento da taxação para quem ganha mais de R$ 50 mil mensais, como forma de justiça tributária.

O plebiscito tem início em 1º de julho, mas deve ganhar maior projeção durante a Semana da Pátria (1º a 7 de setembro), quando a militância sairá às ruas para dialogar com a população em todo o país. No entanto, o período oficial de votação ocorrerá de 14 a 21 de setembro, com participação aberta, gratuita e voluntária.

Para o secretário nacional de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais da CUT, Milton dos Santos Rezende, (Miltinho), o Plebiscito Popular 2025 ocorre em um momento importante em que o parlamento brasileiro vem se consolidando como um “espaço de bloqueio das mudanças populares mais básicas”.

“É nele que a elite brasileira finca suas unhas para impedir qualquer redistribuição de riqueza. Por isso, o plebiscito também cumpre uma função de denúncia e de pressão política: ele aponta diretamente para esse conflito de classe e mostra que há um Brasil que quer mudar e outro que fará de tudo para manter privilégios e desigualdades”, aponta.

Na avaliação do dirigente, os temas do plebiscito popular se conectam na vida da classe trabalhadora, e se torna mais necessário após o período de destruição da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e crescimento da informalidade durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

“Neste ano, trabalhadores e trabalhadoras também foram às ruas para denunciar a escala 6×1 e as jornadas exaustivas que adoecem, esmagam e roubam o tempo de viver. É nesse contexto que se insere a defesa da redução da jornada de trabalho sem redução de salário, e o fim da escala 6×1 — temas que, assim como a justiça tributária, tocam a dignidade e a qualidade de vida da classe trabalhadora”, continua Miltinho.

Mobilização pelo país

Em várias capitais do país, a mobilização em torno da consulta popular foi marcada por atividades públicas. Em São Paulo, João Pessoa, Belém e Porto Alegre, os encontros reuniram lideranças e voluntários dispostos a ampliar o alcance da iniciativa.

A campanha, que aposta em estratégias híbridas, combinando ferramentas tradicionais e digitais, conta com materiais de divulgação como jornais, cartazes, vídeos e conteúdo para redes sociais fazem parte da divulgação. Além disso, uma rede de mobilizadores foi formada para atuar diretamente nos territórios, promovendo ações de base e fortalecendo a organização popular.

Quando será a votação

O período oficial de votação ocorrerá de 14 a 21 de setembro, com participação aberta, gratuita e voluntária. As urnas físicas estarão disponíveis em sindicatos, praças, igrejas, terminais de transporte, escolas e locais de trabalho. Também será possível votar pela internet por meio do site www.plebiscitopopular.org.br.

A expectativa é de que o plebiscito ajude a recolocar na agenda nacional debates urgentes sobre os direitos da classe trabalhadora e a distribuição de renda no país — a partir da escuta e da decisão do próprio povo.

Hoje, quem vive de salário, consome no mercado ou paga por serviços básicos é quem paga os maiores impostos. Já os mais ricos, que concentram renda, lucros, patrimônio e heranças, contribuem proporcionalmente muito menos ou quase nada
– Miltinho

Site do plebiscito

Através do endereço https://plebiscitopopular.org.br/, é possível entender melhor os dois principais temas do plebiscito:

– Fim da escala 6×1 com redução da jornada de trabalho

– Taxação dos super-ricos para isentar quem ganha até 5 mil do Imposto de Renda 

O site traz conteúdos explicativos, materiais para download, além de indicar como participar da campanha e como ajudar na mobilização nos estados e municípios.

Jornada de luta

De julho a setembro, o Plebiscito Popular terá como meta a elaboração de comitês municipais, regionais, por local de trabalho, moradia, estudo e em todos os lugares, com o objetivo de construir uma grande votação que ocorrerá ainda em 2025.

Haverá cursos de formação visando capacitar pessoas para conduzir o processo de construção do plebiscito no interior das organizações que já pertencem e, principalmente, para fazer o trabalho de base e educação popular. 

A CUT, através da sua secretária nacional de Formação, realizou nesta quarta-feira, 25 de junho, uma oficina sobre a consulta popular.

Barrar a extrema direita

Uma das estratégias de mobilização da consulta popular é barrar discurso de ódio da extrema direita que cresceu e cresce em diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil.

Para isso, o plebiscito vai se estruturar em três fases: a construção organizativa em cada bairro, escola, universidade e local de trabalho; a coleta de votos da população sobre os três temas centrais; e a entrega dos resultados em Brasília às lideranças dos Três Poderes.

O que é o plebiscito popular

Plebiscito é um instrumento de consulta popular, previsto no artigo 14 da Constituição e regulamentado pela Lei 9.709/98, que possibilita os cidadãos serem consultados antes de uma lei ser constituída. Desta forma, o teor da lei a ser aprovada é definido pelo povo.

Para mais informações, consultar a página oficial do plebiscito no Instagram.

Fonte: CUT

 

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