Queda nos casos de gripe mostra comportamento de vírus quando população já possui contato prévio com ele, explica Anderson Brito
Após um período de crescimento conjunto de casos de gripe e Covid-19, o Brasil vê o coronavírus tomar novamente a dianteira dos casos identificados de síndrome respiratória – um movimento já esperado pelos especialistas, afirmou o virologista Anderson Brito à CNN nesta segunda-feira (14).
Segundo Brito, o fato do brasileiro já encarar o vírus da Influenza há anos e ter vacinas desenvolvidas contra a doença fez com que os efeitos do último surto de gripe tenham sido superados mais rapidamente do que os casos da variante Ômicron do coronavírus.
“Se já temos uma população em frente a um vírus que não é novo, vemos uma dinâmica de aumento de casos repentino, seguido de uma queda”, explicou.
“O vírus da Covid é diferente. Agora tem vacinação, mas ainda tem uma parcela da população que não se vacinou e essas pessoas são mais vulneráveis – uma vez que a Ômicron chega ali, ela se dissemina de forma mais fácil”, disse o virologista.
“Existe essa grande confusão porque a gente enfrenta dezenas de vírus respiratórios. Se você está sentindo sintoma que se parece com resfriado ou gripe, muito provavelmente é Covid – eles se assemelham, mas o vírus da gripe já não está tanto em circulação se comparado ao coronavírus, em especial à variante Ômicron”, explicou.
Assim como a Influenza, a Covid-19 “não vai desaparecer”, ressaltou Anderson Brito, que também ponderou que as proteções conta a infecção, com destaque para o ciclo vacinal completo, o uso de máscaras e a atenção aos movimentos locais do coronavírus, criarão um ambiente cada vez menos propício para novos surtos da doença.
“Cada município e região do país está em sua dinâmica própria [da pandemia]. O importante é que a gente olhe como está a situação no nosso município para tomar decisões para evitar riscos”, declarou.
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